Este blog têm como proposta ser um auxiliar na apresentação da filosofia, tanto a alunos, quanto a leigos.
Os posts são em sua maioria textos do LIVRO DE FILOSOFIA DO ESTADO DO PARANÁ, escrito por professores da rede pública do estado, e utilizado diariamente nas salas de aula por milhares de jovens que, têm nele, muitas das vezes, seu primeiro contato com a filosofia. Também há escritos de outras fontes e autorias. Aliado aos textos há videos e músicas com conteúdo filosófico, que traz um diálogo filosófico poético, prazeroso e humorado
Contamos com a participação de todos os colegas de trabalho para ampliação de nosso material, com textos próprios, experiências vividas em sala de aula à partir do ensino proposto pelo livro ou blog, enfim, tudo o que venha agregar o fundamento da verdadeira filosofia, que é a busca pela sabedoria. Pois só sabemos que nada sabemos!
sexta-feira, 28 de maio de 2010
O Nascimento da Filosofia
O nascimento da filosofia pode ser entendido como o surgimento de uma nova ordem do pensamento, complementar ao mito, que era a forma de pensar dos gregos. Uma visão de mundo que se formou de um conjunto de narrativas contadas de geração a geração por séculos e que transmitiam aos jovens a experiência dos anciãos. Como narrativas, os mitos falavam de deuses e heróis de outros tempos e, dessa forma, misturavam a sabedoria e os procedimentos práticos do trabalho e da vida com a religião e as crenças mais antigas.
Nesse contexto, os mitos eram um modo de pensamento essencial à vida da comunidade, ao universo pleno de riquezas e complexidades que constituía a sua experiência. Enquanto narrativa oral, o mito era um modo de entender o mundo que foi sendo construído a cada nova narração. As crenças que eles transmitiam ajudavam a comunidade a criar uma base de compreensão da realidade e um solo firme de certezas. Os mitos apresentavam uma religião politeísta, sem doutrina revelada, sem teoria escrita, isto é, um sistema religioso, sem corpo sacerdotal e sem livro sagrado, apenas concentrada na tradição oral, é isso que se entende por teogonia. Vale salientar que essas narrativas foram sistematizadas no século IX por Homero e por Hesíodo no século VII a.C. Ao aliar crenças, religião, trabalho, poesia, os mitos traduziam o modo que o grego encontrava para expressar sua integração ao cosmos e à vida coletiva. Os gregos a partir do século V a.C. viveram uma experiência social que modificou a cotidianidade grega: a vivência do espaço público e da cidadania. A cidade constituía-se da união de seus membros para os quais tudo era comum. O sentimento que ligava os cidadãos entre si era a amizade, a filia, resultado de uma vida compartilhada.
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