tag:blogger.com,1999:blog-2751330256655196582024-03-19T04:29:18.054-07:00ACHOCOLATADO FILOSÓFICOWilliam Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/03890358267168025856noreply@blogger.comBlogger24125tag:blogger.com,1999:blog-275133025665519658.post-3628435339129405662011-02-11T05:20:00.000-08:002011-02-11T05:39:21.475-08:00História da grécia Antiga - Os Pré-Socráticos parte II<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9r1cHZh5UjV6WdCRtPzLsKsbOpaIynuK06v8x2kOeCOiDzYca8THf8l-E5KXg96tkthbrOIMV6JnvAUA-huSWr0Df__AHj-jY_Q5fvj0ubJ-kMr7f7zgScUyIsN3KebKFuCau0qqU3xhN/s1600/curiosity.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5572423924694394802" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 316px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9r1cHZh5UjV6WdCRtPzLsKsbOpaIynuK06v8x2kOeCOiDzYca8THf8l-E5KXg96tkthbrOIMV6JnvAUA-huSWr0Df__AHj-jY_Q5fvj0ubJ-kMr7f7zgScUyIsN3KebKFuCau0qqU3xhN/s400/curiosity.jpg" border="0" /></a><span style="font-size:130%;"><strong>Divisão da História da Filosofia Grega.</strong></span><br /><span style="font-size:130%;"><strong><br /></strong></span><div align="justify">Os Períodos Principais do Pensamento Grego. </div><br /><div align="justify">Consoante a ordem cronológica e a marcha evolutiva das idéias pode dividir-se a história da filosofia grega em três períodos:<br /><br />I. Período pré-socrático (séc. VII-V a.C.) - Problemas cosmológicos. Período Naturalista: pré-socrático, em que o interesse filosófico é voltado para o mundo da natureza;<br /><br />II. Período socrático (séc. IV a.C.) - Problemas metafísicos. Período Sistemático ou Antropológico: o período mais importante da história do pensamento grego (Sócrates, Platão, Aristóteles), em que o interesse pela natureza é integrado com o interesse pelo espírito e são construídos os maiores sistemas filosóficos, culminando com Aristóteles;<br /><br />III. Período pós-socrático (séc. IV a.C. - VI p.C.) - Problemas morais. Período Ético: em que o interesse filosófico é voltado para os problemas morais, decaindo entretanto a metafísica;<br /><br />IV. Período Religioso: assim chamado pela importância dada à religião, para resolver o problema da vida, que a razão não resolve integralmente. O primeiro período é de formação, o segundo de apogeu, o terceiro de decadência. <div class="pre-spoiler"><br /><input id="xs" value="Leia Mais" style="margin-left: 50px; padding: 0px; width: 80px; " onclick="if (this.parentNode.parentNode.getElementsByTagName('div')[1].getElementsByTagName('div')[0].style.display != '') { this.parentNode.parentNode.getElementsByTagName('div')[1].getElementsByTagName('div')[0].style.display = '';this.innerText = ''; this.value = 'Ocultar'; } else { this.parentNode.parentNode.getElementsByTagName('div')[1].getElementsByTagName('div')[0].style.display = 'none'; this.value = 'Leia Mais';}" type="button"> </div><br /><div><br /><div class="spoiler" style="display: none;"><br /><br />Primeiro Período<br />O primeiro período do pensamento grego toma a denominação substancial de período naturalista, porque a nascente especulação dos filósofos é instintivamente voltada para o mundo exterior, julgando-se encontrar aí também o princípio unitário de todas as coisas; e toma, outrossim, a denominação cronológica de período pré-socrático, porque precede Sócrates e os sofistas, que marcam uma mudança e um desenvolvimento e, por conseguinte, o começo de um novo período na história do pensamento grego. Esse primeiro período tem início no alvor do VI século a.C., e termina dois séculos depois, mais ou menos, nos fins do século V. Surge e floresce fora da Grécia propriamente dita, nas prósperas colônias gregas da Ásia Menor, do Egeu (Jônia) e da Itália meridional, da Sicília, favorecido sem dúvida na sua obra crítica e especulativa pelas liberdades democráticas e pelo bem-estar econômico. Os filósofos deste período preocuparam-se quase exclusivamente com os problemas cosmológicos. Estudar o mundo exterior nos elementos que o constituem, na sua origem e nas contínuas mudanças a que está sujeito, é a grande questão que dá a este período seu caráter de unidade. Pelo modo de a encarar e resolver, classificam-se os filósofos que nele floresceram em quatro escolas: Escola Jônica; Escola Itálica; Escola Eleática; Escola Atomística.<br /><br />Escola Jônica<br />A Escola Jônica, assim chamada por ter florescido nas colônias jônicas da Ásia Menor, compreende os jônios antigos e os jônios posteriores ou juniores. A escola jônica, é também a primeira do período naturalista, preocupando-se os seus expoentes com achar a substância única, a causa, o princípio do mundo natural vário, múltiplo e mutável. Essa escola floresceu precisamente em Mileto, colônia grega do litoral da Ásia Menor, durante todo o VI século, até a destruição da cidade pelos persas no ano de 494 a.C., prolongando-se porém ainda pelo V século. Os jônicos julgaram encontrar a substância última das coisas em uma matéria única; e pensaram que nessa matéria fosse imanente uma força ativa, de cuja ação derivariam precisamente a variedade, a multiplicidade, a sucessão dos fenômenos na matéria una. Daí ser chamada esta doutrina hilozoísmo (matéria animada). Os jônios antigos consideram o Universo do ponto de vista estático, procurando determinar o elemento primordial, a matéria primitiva de que são compostos todos os seres. Os mais conhecidos são: Tales de Mileto, Anaximandro de Mileto, Anaxímenes de Mileto. Os jônios posteriores distinguem-se dos antigos não só por virem cronologicamente depois, senão principalmente por imprimirem outra orientação aos estudos cosmológicos, encarando o Universo no seu aspecto dinâmico, e procurando resolver o problema do movimento e da transformação dos corpos. Os mais conhecidos são: Heráclito de Éfeso, Empédocles de Agrigento, Anaxágoras de Clazômenas.<br /><br />Obra de Diels-Kranz e os fragmentos<br />Na atualidade não é conservada nenhuma obra completa de filósofos pré-socráticos. Platão e Aristóteles tinham acesso a várias delas e talvez alguma chegou à Biblioteca de Alexandria. Na Escola de Alexandria circulavam compilações conhecidas posteriormente como doxografias, do grego δόξα = opinião + γραϕή = escrito. Em particular, era atribuída a Teofrasto uma doxografia com o nome Opiniões dos físicos, (grego: δόξαι φυσικων), que seria uma compilação de fragmentos de pré-socráticos. </div><div align="justify"></div><br /></div><br /><br />Hermann Diels começou no final do século XIX uma compilação de testemunhos e fragmentos dos pré-socráticos espalhados por diversas obras antigas, publicando esse material com o nome Die Fragmente der Vorsokratiker (tr. Os fragmentos dos pré-socráticos) que se transformou na obra de referência sobre o tema. Posteriormente, Walther Kranz organizou novas edições dessa obra, que passou a ser conhecida como Diels-Kranz. No meio acadêmico é comum utilizar a citação padronizada de Diels-Kranz para os pré-socráticos. Por exemplo, DK22B53 é o fragmento (B) 53 de Heráclito (capítulo 22), no qual expressa que a guerra é o pai de todas as coisas. </div>William Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/03890358267168025856noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-275133025665519658.post-68433779924072251542011-02-09T05:46:00.000-08:002011-02-11T05:39:21.476-08:00História da Grécia Antiga - Os Pré-Socráticos parte I<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikm97GAtWlWCxrdkoDQW2PtOtY98hduoSHn9-WbhsHOfxMszD-Ip0v50v7LLpvTxM07tjK7Y7EWhr0ibN814JhEjcDEGMq_1iP2MtynBV_MMsjYZE-nvnhsp3Ke_LbElDXP6Cy8JkLCluy/s1600/greek-art-05.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5571690087882837138" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 339px; CURSOR: hand; HEIGHT: 400px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikm97GAtWlWCxrdkoDQW2PtOtY98hduoSHn9-WbhsHOfxMszD-Ip0v50v7LLpvTxM07tjK7Y7EWhr0ibN814JhEjcDEGMq_1iP2MtynBV_MMsjYZE-nvnhsp3Ke_LbElDXP6Cy8JkLCluy/s400/greek-art-05.jpg" border="0" /></a><br /><div align="justify"><strong>Dualismo Grego</strong></div><br /><div align="justify"><br />A característica fundamental do pensamento grego está na solução dualista do problema metafísico-teológico, isto é, na solução das relações entre a realidade empírica e o Absoluto que a explique, entre o mundo e Deus, em que Deus e mundo ficam separados um do outro. <div class="pre-spoiler"><br /><input id="xs" value="Leia Mais" style="margin-left: 50px; padding: 0px; width: 80px; " onclick="if (this.parentNode.parentNode.getElementsByTagName('div')[1].getElementsByTagName('div')[0].style.display != '') { this.parentNode.parentNode.getElementsByTagName('div')[1].getElementsByTagName('div')[0].style.display = '';this.innerText = ''; this.value = 'Ocultar'; } else { this.parentNode.parentNode.getElementsByTagName('div')[1].getElementsByTagName('div')[0].style.display = 'none'; this.value = 'Leia Mais';}" type="button"> </div><br /><div><br /><div class="spoiler" style="display: none;">Conseqüência desse dualismo é o irracionalismo, em que fatalmente finaliza a serena concepção grega do mundo e da vida. O mundo real dos indivíduos e do vir-a-ser depende do princípio eterno da matéria obscura, que tende para Deus como o imperfeito para o perfeito; assimila em parte, a racionalidade de Deus, mas nunca pode chegar até ele porque dele não deriva. E a conseqüência desse irracionalismo outra não pode ser senão o pessimismo: um pessimismo desesperado, porque o grego tinha conhecimento de um absoluto racional, de Deus, mas estava também convicto de que ele não cuida do mundo e da humanidade, que não criou, não conhece, nem governa; e pensava, pelo contrário, que a humanidade é governada pelo Fado, pelo Destino, a saber, pela necessidade irracional. O último remédio desse mal da existência será procurado no ascetismo, considerando-o como a solidão interior e a indiferença heróica para com tudo, a resignação e a renúncia absoluta.<br /><br /><strong>O Gênio Grego</strong></div><div align="justify"><br />A característica do gênio filosófico grego pode-se compendiar em alguns traços fundamentais: racionalismo, ou seja, a consciência do valor supremo do conhecimento racional; esse racionalismo não é, porém, abstrato, absoluto, mas se integra na experiência, no conhecimento sensível; o conhecimento, pois, não é fechado em si mesmo, mas aberto para o ser, é apreensão (realismo); e esse realismo não se restringe ao âmbito da experiência, mas a transpõe, a transcende para o absoluto, do mundo a Deus, sem o qual o mundo não tem explicação; embora, para os gregos, o "conhecer" - a contemplação, o teorético, o intelecto - tenham a primazia sobre o "operar" - a ação, o prático, a vontade - o segundo elemento todavia, não é anulado pelo primeiro, mas está a ele subordinado; e o otimismo grego, conseqüência lógica do seu próprio racionalismo, cederá lugar ao pessimismo, quando se manifestar toda a irracionalidade da realidade, quando o realismo impuser tal concepção. Todos esses elementos vêm sendo, ainda, organizados numa síntese insuperável, numa unidade harmônica, realizada por meio de um desenvolvimento também harmônico, aperfeiçoado mediante uma crítica profunda. Entre as raças gregas, a cultura, a filosofia são devidas, sobretudo, aos jônios, sendo jônios também os atenienses.</div><div align="justify"></div></div><div align="justify"><br /></div></div>William Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/03890358267168025856noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-275133025665519658.post-67724972446411623652011-02-02T05:43:00.000-08:002011-02-02T06:23:47.824-08:00Mensagem de Inicio de Ano Letivo<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbJOQh_EfDpZXTDwmiWEHYfLGyj-XjCEJyemR2IPXj1uOJguHZRXLBgelDuZ2T-yH8Vq-K2nU1Pc_Mc_s5AFW-J1dVsQzvIT5j65hArcr0rRigFCcKa8vIyOA3zCywfOCG8m1NSuRm949Q/s1600/volta.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5569094132108208146" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 366px; CURSOR: hand; HEIGHT: 340px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbJOQh_EfDpZXTDwmiWEHYfLGyj-XjCEJyemR2IPXj1uOJguHZRXLBgelDuZ2T-yH8Vq-K2nU1Pc_Mc_s5AFW-J1dVsQzvIT5j65hArcr0rRigFCcKa8vIyOA3zCywfOCG8m1NSuRm949Q/s400/volta.jpg" border="0" /></a><br /><div>Estamos iniciando mais uma caminhada pela estrada da educação. Caminhada essa que, se bem feita, nos levará com destino certo ao conhecimento, às verdades ou sombras delas e consequentemente a um pouco mais de sabedoria.</div><br /><div>Como bem disse o sábio Aristóteles: <em>A educação tem raízes amargas, mas os seus frutos são doces;</em> pois sabemos que, depois de passada a euforia dos primeiro dias, dos reencontros e primeiros olhares novos, virá a sensação de monotonia de "ter de estudar". No entanto, se nos dispusermos a olhar à escola, as máterias, os professores e tudo o que eles nos propiciam, não só no presente mas também no futuro, veremos o quão prazeroso pode ser o "querer estudar", aprender, descobrir, concluir, ser inteligentemento crítico, sagaz. Pois com estes, e outros, valores, que com certeza colheremos, chegaremos ao final deste ano letivo muito mais FILÓSOFOS!</div><br /><div></div><br /><div><span style="color:#ff0000;">"<em>A educação é um processo social, é desenvolvimento. Não é a preparação para a vida, é a própria vida. </em></span></div><br /><div><a class="autor" href="http://pensador.uol.com.br/autor/John_Dewey/"><em><span style="color:#ff0000;">John Dewey</span></em></a></div><br /><div></div><br /><div>Bom ano e bom estudos a todos.</div><br /><div></div><br /><div><strong><em>Professor William Guimarães</em></strong></div>William Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/03890358267168025856noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-275133025665519658.post-13027614247767400742010-11-30T08:28:00.000-08:002010-12-14T03:20:29.277-08:00Amizade<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrtVt8O59e5Fa7cGyclX2YGN29zQFIgYfNYFv53dIA3jOqN8mYGXhXgbXlguCW2lEr8GZk0jGpkf4oFk3PN6TMbUTTheTc_VArq-o2W08mjDxEAbb30ZRGG6B_Wh8DAvH9TtWeYpSClPUs/s1600/pequeno-principe.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5545381730501411970" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 340px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrtVt8O59e5Fa7cGyclX2YGN29zQFIgYfNYFv53dIA3jOqN8mYGXhXgbXlguCW2lEr8GZk0jGpkf4oFk3PN6TMbUTTheTc_VArq-o2W08mjDxEAbb30ZRGG6B_Wh8DAvH9TtWeYpSClPUs/s400/pequeno-principe.jpg" border="0" /></a><br /><div align="justify">Desculpe a ousadia literária e filosófica, mas considero o livro de Antoine de Saint-Exupéry “O Pequeno Príncipe”, um tratado literal sobre a amizade. <div class="pre-spoiler"><br /><input id="xs" value="Leia Mais" style="margin-left: 50px; padding: 0px; width: 80px; " onclick="if (this.parentNode.parentNode.getElementsByTagName('div')[1].getElementsByTagName('div')[0].style.display != '') { this.parentNode.parentNode.getElementsByTagName('div')[1].getElementsByTagName('div')[0].style.display = '';this.innerText = ''; this.value = 'Ocultar'; } else { this.parentNode.parentNode.getElementsByTagName('div')[1].getElementsByTagName('div')[0].style.display = 'none'; this.value = 'Leia Mais';}" type="button"> </div><br /><div><br /><div class="spoiler" style="display: none;">Esse tema filosófico [amizade] define o ser filósofo e a filosofia: amigo do saber ou amizade pela sabedoria. Essa obra, narra à história de um aviador que cai no deserto do Sahara e conhece um Pequeno Príncipe de um minúsculo Planeta. À parte do diálogo com a raposa, é a síntese desse tratado sobre amizade. A raposa aparece num lindo jardim florido. O menino a convida para brincar. A raposa exclama: “não posso brincar contigo, pois ainda não me cativou!” E prossegue: “ser cativado é ser único um para o outro...”, diz a raposa. Num determinado momento da trama eles se despedem: O príncipe disse: “Você quis que eu a cativasse, agora estou indo embora e você esta chateadas?! Não acha que foi perda de tempo?”. “Não!” Diz a raposa: “você me fez sentir muito importante”. Alguns amigos e amigas nos cativam depois partem. O menino príncipe diz em tom de responsabilidade: “estranho, mas, depois de tudo isso, agora me sinto responsável por você”. Isso é natural que aconteça enfatiza a raposa, “Você se torna eternamente responsável por aquilo que cativas”. Eles encerram o momento com a raposa trazendo-lhe um presente, um segredo num papel escrito “Só se vê com clareza com o coração.O essencial é invisível para os olhos”. Esse é o fio de ouro que deve perpassar todas as amizades, precisamos conhecer com o coração, ou seja, o interior das pessoas, pois o exterior é muito manipulável, fácil de camuflar, retocar, mas o íntimo é identidade secreta de cada ser humano, decifrável pelos apenas pelos amigos e amigas.Na verdade essa obra é um grito ecoando que o ser humano não tem tempo para conhecer os outros e ter amigos. Sempre empenhado nos seus afazeres. Nós encontramos tudo pronto, compramos desde feijão cozido... a trabalho pela internet, mas como diz Saint-Exupéry. “Como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos”, e conseqüentemente boas amizades, pois para ser e ter um grande amigo é preciso cativar e, CATIVAR É AMAR. Sabe por que é difícil exercitar a arte do amor? Porque nos tornamos totalmente responsáveis por aqueles e aquelas que cativamos.Sugiro que leia a obra “O Pequeno Príncipe” ou ao menos assistiam ao filme. Precisamos resgatar e valorizar as sinceras e profundas amizades. Por que “Você se torna eternamente responsável por aquilo que cativas”.</div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify"><strong>Discussão filosófica:</strong></div><br /><div align="justify">Como estamos valorizando nossa amizade pelo saber e sabedoria?</div><br /><div align="justify">Como consideramos nossos amigos e amigas? </div><br /><div align="justify">Cultivamos bons relacionamentos?</div></div><br /></div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify"><span style="font-size:85%;">Por Márcio Alexandre da Silva (Márcio Alexandre da Silva é formado em Filosofia e educador da rede pública de ensino do Estado de São Paulo- Assis - SP). Contato: </span><a href="mailto:marciobressane@hotmail.com"><span style="font-size:85%;">marciobressane@hotmail.com</span></a></div>William Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/03890358267168025856noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-275133025665519658.post-40678301157118957192010-11-25T06:27:00.000-08:002010-12-14T03:20:16.322-08:00Carta sobre a Felicidade<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuw44B9_G0jNrT-5tgQeeM_3FWUEh2tf1R3idzs_wHLa8cRBwxiIhaL56p9x5DIofZR_iHpLC-Jion_HQHvOQJ4UWbADHtgg4udocLw3Ee0R95e-g0o_SeYyGOAhaaJSoQigxgpa7G3X9w/s1600/felicidade.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5543495391786771378" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 388px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuw44B9_G0jNrT-5tgQeeM_3FWUEh2tf1R3idzs_wHLa8cRBwxiIhaL56p9x5DIofZR_iHpLC-Jion_HQHvOQJ4UWbADHtgg4udocLw3Ee0R95e-g0o_SeYyGOAhaaJSoQigxgpa7G3X9w/s400/felicidade.jpg" border="0" /></a><br /><div align="justify">De: Epicuro Para: Meneceu, saudações.<br /><br />Que nenhum jovem adie o estudo da filosofia, e que nenhum velho se canse dela; pois nunca é demasiado cedo nem demasiado tarde para cuidar do bem-estar da alma. O homem que diz que o tempo para este estudo ainda não chegou ou já passou é como o homem que diz que é demasiado cedo ou demasiado tarde para a felicidade. <div class="pre-spoiler"><br /><input id="xs" style="PADDING-RIGHT: 0px; PADDING-LEFT: 0px; PADDING-BOTTOM: 0px; MARGIN-LEFT: 50px; WIDTH: 80px; PADDING-TOP: 0px" onclick="if (this.parentNode.parentNode.getElementsByTagName('div')[1].getElementsByTagName('div')[0].style.display != '') { this.parentNode.parentNode.getElementsByTagName('div')[1].getElementsByTagName('div')[0].style.display = '';this.innerText = ''; this.value = 'Ocultar'; } else { this.parentNode.parentNode.getElementsByTagName('div')[1].getElementsByTagName('div')[0].style.display = 'none'; this.value = 'Leia Mais';}" type="button" value="Leia Mais"> </div><br /><div><br /><div class="spoiler" style="DISPLAY: none">Logo, tanto o jovem como o velho devem estudar filosofia, o primeiro para que à medida que envelhece possa mesmo assim manter a felicidade da juventude nas suas memórias agradáveis do passado, o último para que apesar de ser velho possa ao mesmo tempo ser jovem em virtude da sua intrepidez perante o futuro. Temos portanto de estudar o meio de assegurar a felicidade, visto que se a tivermos, temos tudo, mas se não a tivermos, fazemos tudo para a obter.<br />Pratica e estuda sem cessar aquilo que estava sempre a ensinar-te, tendo a certeza de que estes são os primeiros princípios da vida boa. Depois de aceitar deus como o ser imortal e bem-aventurado descrito pela opinião popular, nada mais lhe atribuas que seja estranho à sua imortalidade ou à sua bem-aventurança, mas antes acredita acerca dele seja o que for que possa sustentar a sua imortalidade bem-aventurada. Os deuses existem realmente, pois a nossa percepção deles é clara; mas não são como a multidão os imagina, pois a maior parte dos homens não retêm a imagem dos deuses que primeiro recebem. Não é o homem que destrói os deuses da crença popular que é ímpio, mas antes quem descreve os deuses nos termos aceites pela multidão. Pois as opiniões da multidão sobre os deuses não são percepções mas antes falsas suposições. De acordo com estas superstições populares, os deuses enviam grandes males aos perversos, e grandes bem-aventuranças aos íntegros, pois, sendo sempre favoráveis às suas próprias virtudes, aprovam quem é como eles, encarando como estranho tudo o que é diferente.<br />Habitua-te à crença de que a morte não nos diz respeito, dado que todo o mal e todo o bem assentam na sensação e a sensação acaba com a morte. Logo, a crença verdadeira de que a morte nada é para nós faz uma vida mortal feliz, não ao acrescentar-lhe um tempo infinito, mas ao eliminar o desejo de imortalidade.<br />Pois não há razão para que o homem que tem plena certeza de que nada há a recear na morte encontre algo que recear na vida. Assim, também é tolo quem diz que receia a morte não por ser dolorosa quando chegar mas por ser dolorosa a sua antecipação; pois o que não é um peso quando está presente é doloroso sem razão quando é antecipado. A morte, o mais temido dos males, não nos diz consequentemente respeito; pois enquanto existimos a morte não está presente, e quando a morte está presente nós já não existimos. Nada é portanto nem para os vivos nem para os mortos visto que não está presente nos vivos, e os mortos já não são.<br />Mas os homens em geral por vezes fogem da morte como o maior dos males, por vezes almejam-na como um alívio para os males da vida. O homem sábio nem renuncia à vida nem receia o seu fim; pois a vida não o ofende, nem supõe que não viver é de algum modo um mal. Tal como não escolhe a comida da qual há maior quantidade mas a que é mais agradável, também não procura a satisfação da vida mais longa mas sim a da mais feliz.<br />Quem aconselha o jovem a viver bem e o velho a morrer bem é tolo não apenas porque a vida é desejável, mas também porque a arte de viver bem e a arte de morrer bem são uma só. Contudo, muito pior é quem diz que é bom não ter nascido mas, uma vez nascido, que o melhor é passar depressa pelos portões do Hades.<br />Se um homem diz isto e realmente acredita nisto, por que razão não se retira da vida? Certamente que os meios estão à mão se for realmente essa a sua convicção. Se o diz a zombar, é visto como um tolo entre quem não aceita o seu ensinamento.<br />Lembra-te que o futuro nem é nosso nem é completamente não nosso, de modo que nem podemos contar que virá de certeza nem podemos abandonar a esperança nele com a certeza de que não virá.<br />Tens de considerar que alguns desejos são naturais, outros vãos, e dos que são naturais alguns são necessários e outros apenas naturais. Dos desejos naturais, alguns são necessários para a felicidade, alguns para o bem-estar do corpo, alguns para a própria vida. O homem que tem um conhecimento perfeito disto saberá como fazer toda a sua escolha ou rejeição tender para ganhar saúde do corpo e paz de espírito, dado que este é o fim último da vida bem-aventurada. Pois para alcançar este fim, nomeadamente a libertação da dor e do medo, fazemos tudo. Quando se atinge esta condição, toda a tempestade da alma sossega, dado que a criatura nada mais precisa de fazer para procurar algo que lhe falte, nem de procurar qualquer outra coisa para completar o bem-estar da alma e do corpo. Pois só sentimos a falta de prazer quando sentimos dor com a sua ausência; mas quando não sentimos dor já não precisamos de prazer. Por esta razão, dizemos que o prazer é o princípio e o fim da vida bem-aventurada. Reconhecemos o prazer como o bem primeiro e natural; partindo do prazer, aceitamos ou rejeitamos; e regressamos a isto ao ajuizar toda a coisa boa, usando este sentimento de prazer como o nosso guia.<br />Precisamente porque o prazer é o bem principal e natural, não escolhemos todo o prazer, mas por vezes abstemo-nos de prazeres se estes forem cancelados pelas privações que se seguem; e consideramos muitas dores melhores do que prazeres quando um maior prazer virá até nós depois de termos sofrido dores demoradas. Todo o prazer é um bem dado ter uma natureza congénere da nossa; contudo, nem todo o prazer deve ser escolhido. De igual modo, toda a dor é um mal, contudo nem toda a dor é de natureza a ser evitada em todas as ocasiões. Pesando e olhando para as vantagens e desvantagens, é apropriado decidir todas estas coisas; pois em certas circunstâncias tratamos o bem como mal e, igualmente, o mal como bem.<br />Encaramos a auto-suficiência como um grande bem, não para que possamos desfrutar apenas de poucas coisas, mas para que, se não tivermos muitas, nos possamos satisfazer com as poucas, estando firmemente persuadidos de que quem retira o maior prazer do luxo é quem o encara como menos preciso, e que tudo o que é natural se obtém facilmente, ao passo que os prazeres vãos são difíceis de obter. Na verdade, temperos simples dão um prazer igual ao dos banquetes pródigos quando a dor devida à necessidade for removida; e pão e água dão o máximo prazer quando uma pessoa necessitada os consome. Estar acostumado à vida simples e básica conduz à saúde e faz um homem ficar pronto a enfrentar as tarefas necessárias da vida. Prepara-nos também melhor para usufruir o luxo se por vezes tivermos a sorte de o encontrar, e faz-nos intrépidos face à fortuna.<br />Quando dizemos que o prazer é o fim, não queremos dizer o prazer do extravagante ou o que depende da satisfação física — como pensam algumas pessoas que não compreendem os nossos ensinamentos, discordam deles ou os interpretam malevolamente — mas por prazer queremos dizer o estado em que o corpo se libertou da dor e a mente da ansiedade. Nem beber e dançar continuamente, nem o amor sexual, nem a fruição de peixe ou seja o que for que a mesa luxuosa oferece gera a vida agradável; ao invés, esta é produzida pela razão que é sóbria, que examina o motivo de toda a escolha e rejeição, e que afasta todas aquelas opiniões através das quais a mente fica dominada pelo maior tumulto.<br />De tudo isto o bem inicial e principal é a prudência. Por esta razão, a prudência é mais preciosa do que a própria filosofia. Todas as outras virtudes nascem dela. Ensina-nos que não é possível viver agradavelmente sem ao mesmo tempo viver prudentemente, nobremente e justamente, nem viver prudentemente, nobremente e justamente sem viver agradavelmente; pois as virtudes cresceram em união íntima com a vida agradável, e a vida agradável não pode ser separada das virtudes.<br />Quem pensas então que é superior ao homem prudente, que tem opiniões reverentes sobre os deuses, que não tem qualquer medo da morte, que descobriu qual é o maior bem da vida e que compreende que o mais alto bem é fácil de alcançar e manter e que o extremo do mal tem limites no tempo ou no sofrimento, e que se ri do que algumas pessoas inventaram como a regente de todas as coisas, a Necessidade? Ele pensa que o poder de decisão principal nos cabe a nós, apesar de algumas coisas surgirem por necessidade, algumas por acaso e algumas pelas nossas próprias vontades; pois ele vê que a necessidade é irresponsável e o acaso incerto, mas que as nossas acções não estão sujeitas a qualquer poder. É por esta razão que as nossas acções merecem louvor ou censura. Seria melhor aceitar o mito sobre os deuses do que ser um escravo do determinismo dos físicos; pois o mito sugere uma esperança de graça através das honras concedidas aos deuses, mas a necessidade do determinismo é inescapável. Visto que o homem prudente não encara, como muitos, o acaso como um deus (pois os deuses nada fazem de maneira desordenada) ou como uma causa instável de todas as coisas, acredita que o acaso não dá ao homem o bem e o mal para fazer a sua vida feliz ou miserável, mas que fornece oportunidades para grandes bens ou males. Finalmente, ele pensa que é melhor encontrar o infortúnio quando se age com razão do que calhar a ter boa fortuna ao agir insensatamente; pois é melhor não ocorrer o que foi bem planeado nas nossas acções do que ser bem-sucedido por acaso o que foi mal planeado.<br />Medita nestes preceitos e noutros como estes, de dia e de noite, sozinho ou com um amigo da mesma opinião. Então nunca terás receio, de dia ou de noite; mas viverás como um deus entre os homens; pois a vida no seio de bem-aventuranças imortais não é de modo algum como a vida de um mero mortal.<br /><br /><strong>Epicuro: Tradução de Desidério Murcho<br /><br />Nota do tradutor</strong></div><strong><br /><div align="justify"><br /></strong></div>Esta é uma tradução da tradução inglesa anónima disponível no site da Universidade da Colúmbia. Esta tradução supera claramente a tradução de Brad Inwood e L. P. Gerson (Hackett) e a mais antiga de Robert Drew Hicks, iluminando algumas partes do texto que até agora eram algo incongruentes.<br /><br /><strong>Biografia do autor:<br /></strong><br />Epicuro de Samos foi um filósofo grego do período helenístico. Seu pensamento foi muito difundido e numerosos centros epicuristas se desenvolveram na Jônia, no Egito e, a partir do século I, em Roma, onde Lucrécio foi seu maior divulgador.<br />Epicuro nasceu na Ilha de Samos, em 341 a.C., mas ainda muito jovem partiu para Téos, na costa da Ásia Menor. Quando criança estudou com o platonista Pânfilo por quatro anos e era considerado um dos melhores alunos. Certa vez ao ouvir a frase de Hesíodo, todas as coisas vieram do caos,ele perguntou: e o caos veio de que? Retornou para a terra natal em 323 a.C.. Sofria de cálculo renal, o que contribuiu para que tivesse uma vida marcada pela dor.<br />Epicuro ouviu o filósofo acadêmico Pânfilo em Samos, que não lhe foi de muito agrado. Por isso foi mandado para Téos pelo seu pai. Com Nausífanes de Téos, discípulo de Demócrito de Abdera, Epicuro teria entrado em contato com a teoria atomista — da qual reformulou alguns pontos. Epicuro ensinou filosofia em Lâmpsaco, Mitilene e Cólofon até que em 306 a.C. fundou sua própria escola filosófica, chamada O Jardim, onde residia com alguns amigos, na cidade de Atenas. Lecionou em sua escola até a morte, em 271 a.C., cercado de amigos e discípulos. Tendo sua vida marcada pelo ascetismo, serenidade e doçura.<br /></div></div>William Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/03890358267168025856noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-275133025665519658.post-49558096730243165252010-11-22T10:49:00.000-08:002010-11-22T10:50:17.432-08:00<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJYAu9uynSBT2dsfP0k87Ua6w8Bm3BLY9al6zDKKIuYKC5wRAi-syGMzvGhq39e86JmyJUKeGTCz9pVEj7Rp2MXLYcHevHWQQtD-6KfwbUx8Lz62i5RvbzC9W6pRiAmmoWT7fn71VBWwES/s1600/cidadania+3.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5542448280575980690" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 286px; CURSOR: hand; HEIGHT: 400px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJYAu9uynSBT2dsfP0k87Ua6w8Bm3BLY9al6zDKKIuYKC5wRAi-syGMzvGhq39e86JmyJUKeGTCz9pVEj7Rp2MXLYcHevHWQQtD-6KfwbUx8Lz62i5RvbzC9W6pRiAmmoWT7fn71VBWwES/s400/cidadania+3.jpg" border="0" /></a><br /><div></div>William Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/03890358267168025856noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-275133025665519658.post-91244449138535599822010-11-22T10:45:00.000-08:002010-12-14T03:25:30.889-08:00A cidadania<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4epEiJx5YNeRMVgdF3Gpg_Dpvm-946iu4Js__VsEsKb_k1Jk_7uFnbfy1OJYdr9nNTV1gp9zDVfrFz4mJL1cPhyCfnNWrJbBKP3hk0xBSH_3loWLwKCzD5yvQNJtx_hRmScXfUo2Tmpfv/s1600/cidadania2.gif"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5542447978324998242" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 350px; CURSOR: hand; HEIGHT: 253px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4epEiJx5YNeRMVgdF3Gpg_Dpvm-946iu4Js__VsEsKb_k1Jk_7uFnbfy1OJYdr9nNTV1gp9zDVfrFz4mJL1cPhyCfnNWrJbBKP3hk0xBSH_3loWLwKCzD5yvQNJtx_hRmScXfUo2Tmpfv/s400/cidadania2.gif" border="0" /></a><br /><div align="justify">Na sociedade moderna, nascida das transformações que culminaram na revolução Francesa, o individuo é visto como homem (pessoa privada) e como cidadão (pessoa pública). O termo cidadão designava originalmente o habitante da cidade. Com a consolidação da sociedade burguesa, passa a indicar a ação política e a participação do sujeito na vida da sociedade.<div class="pre-spoiler"><br /><input id="xs" value="Leia Mais" style="margin-left: 50px; padding: 0px; width: 80px; " onclick="if (this.parentNode.parentNode.getElementsByTagName('div')[1].getElementsByTagName('div')[0].style.display != '') { this.parentNode.parentNode.getElementsByTagName('div')[1].getElementsByTagName('div')[0].style.display = '';this.innerText = ''; this.value = 'Ocultar'; } else { this.parentNode.parentNode.getElementsByTagName('div')[1].getElementsByTagName('div')[0].style.display = 'none'; this.value = 'Leia Mais';}" type="button"> </div><br /><div><br /><div class="spoiler" style="display: none;"><br />Assim, cidadão é o individuo que possui direitos e deveres para com a coletividade da qual participa – existem interesses comuns que o cidadão precisa respeitar e defender por meio da atuação na vida pública.<br />O exercício da cidadania depende do tipo de poder político instituído. Nas sociedades modernas, a participação política dos cidadãos é limitada pela divisão de classes, que não possibilita a todos os indivíduos um acesso igualitário aos bens materiais e culturais produzidos na sociedade. Enfrentar o grande desafio de assegurar e ampliar o exercício da cidadania em nosso país implica questionar o caráter excludente de nosso modelo econômico e, ao mesmo tempo, efetivar e aprimorar a democracia. Necessitamos de uma política democrática que viabilize mudanças econômicas para resolver os nossos graves problemas sociais, reconhecer e defender os direitos de todos os cidadãos e garantir o pluralismo e os direitos das minorias.<br />Por isso, em nossa sociedade, o exercício da cidadania não é apenas uma questão de aprendizagem, mas também de luta por condições dignas de vida, trabalho e educação. O voto é um instrumento importante, embora limitado, de participação política. O aprendizado político se faz nos pequenos espaços sociais, pelo relacionamento diário com os outros, onde se aprende a conviver e respeitar as diferenças. </div><br /></div></div>William Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/03890358267168025856noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-275133025665519658.post-47807651448980080852010-11-22T10:40:00.000-08:002010-12-14T03:22:56.570-08:00POLÍTICA E CIDADANIA<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvIxSiJyOTy1gsj-K9eurBv4KqskRBgk7nFSMQveWGShF8_6_FlEdlkdvHdeJ63_DkNqfGW_1-CD1A0C5_mGNr5L7e4iu0FI5w2VvQmOXdXZ4Bz6lyWxbEQ_a_GvAm7aO4Ys_cCSSlpYlF/s1600/voto_consciente.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5542446641009726130" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 382px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvIxSiJyOTy1gsj-K9eurBv4KqskRBgk7nFSMQveWGShF8_6_FlEdlkdvHdeJ63_DkNqfGW_1-CD1A0C5_mGNr5L7e4iu0FI5w2VvQmOXdXZ4Bz6lyWxbEQ_a_GvAm7aO4Ys_cCSSlpYlF/s400/voto_consciente.jpg" border="0" /></a><br /><div align="justify">Política denomina arte ou ciência da organização, direção e administração de nações ou Estados; aplicação desta arte aos negócios internos da nação (política interna) ou aos negócios externos (política externa). Nos regimes democráticos,a ciência política é a atividade dos cidadãos que se ocupam dos assuntos públicos com seu voto ou com sua militância. <div class="pre-spoiler"><br /><input id="xs" value="Leia Mais" style="margin-left: 50px; padding: 0px; width: 80px; " onclick="if (this.parentNode.parentNode.getElementsByTagName('div')[1].getElementsByTagName('div')[0].style.display != '') { this.parentNode.parentNode.getElementsByTagName('div')[1].getElementsByTagName('div')[0].style.display = '';this.innerText = ''; this.value = 'Ocultar'; } else { this.parentNode.parentNode.getElementsByTagName('div')[1].getElementsByTagName('div')[0].style.display = 'none'; this.value = 'Leia Mais';}" type="button"> </div><br /><div><br /><div class="spoiler" style="display: none;"><br />A palavra tem origem nos tempos em que os gregos estavam organizados em cidades-estado chamadas "polis", nome do qual se derivaram palavras como "politiké" (política em geral) e "politikós" (dos cidadãos, pertencente aos cidadãos), que estenderam-se ao latim "politicus" e chegaram às línguas européias modernas através do francês "politique" que, em 1265 já era definida nesse idioma como "ciência do governo dos Estados".<br />O termo política é derivado do grego antigo πολιτεία (politeía), que indicava todos os procedimentos relativos à pólis, ou cidade-Estado. Por extensão, poderia significar tanto cidade-Estado quanto sociedade, comunidade, coletividade e outras definições referentes à vida urbana.<br />O livro de Platão traduzido como "A República" é, no original, intitulado "Πολιτεία" (Politeía).<br /><br />“ O homem é um animal político” (<strong>Aristóteles</strong>)<br /><br /><strong>Acepções básicas<br /></strong><br />· No sentido comum, vago e às vezes um tanto impreciso, política, como substantivo ou adjetivo, compreende arte de guiar ou influenciar o modo de governo pela organização de um partido político, pela influência da opinião pública, pela aliciação de eleitores;<br />· Na conceituação erudita, política "consiste nos meios adequados à obtenção de qualquer vantagem", segundo Hobbes ou "o conjunto dos meios que permitem alcançar os efeitos desejados", para Russel ou "a arte de conquistar, manter e exercer o poder, o governo", que é a noção dada por Nicolau Maquiavel, em O Príncipe;<br />· Política pode ser ainda a orientação ou a atitude de um governo em relação a certos assuntos e problemas de interesse público: política financeira, política educacional, política social, política do café;<br />· Numa conceituação moderna, política é a ciência moral normativa do governo da sociedade civil.<br />· Outros a definem como conhecimento ou estudo "das relações de regularidade e concordância dos fatos com os motivos que inspiram as lutas em torno do poder do Estado e entre os Estados";<br />· A política é objeto de estudo da ciência política e da ciência social.<br /><br /><strong>Significado clássico e moderno<br /></strong><br />O termo política, que se expandiu graças à influência de Aristóteles, para aquele filósofo categorizava funções e divisão do Estado e as várias formas de Governo, com a significação mais comum de arte ou ciência do Governo; desde a origem ocorreu uma transposição de significado das coisas qualificadas como político, para a forma de saber mais ou menos organizado sobre esse mesmo conjunto de coisas.<br />O termo política foi usado, a seguir, para designar principalmente as obras dedicadas ao estudo daquela esfera de atividades humanas que se refere de algum modo às coisas do Estado: Política methodice digesta, exemplo célebre, é obra com que Johannes Althusius (1603) expôs uma das teorias da consociatio publica (o Estado no sentido moderno da palavra), abrangendo em seu seio várias formas de consociationes menores. Na época moderna, o termo perdeu seu significado original, substituído pouco a pouco por outras expressões como ciência do Estado, doutrina do Estado, ciência política, filosofia política, passando a ser comumente usado para indicar a atividade ou conjunto de atividades que, de alguma maneira, têm como termo de referência a pólis, ou seja, o Estado.<br /><br /><strong>Política e poder<br /></strong><br />A política, como forma de atividade ou de práxis humana, está estreitamente ligada ao de poder. O poder político é o poder do homem sobre outro homem, descartados outros exercícios de poder, sobre a natureza ou os animais, por exemplo. Poder que tem sido tradicionalmente definido como "consistente nos meios adequados à obtenção de qualquer vantagem" (Hobbes) ou, como "conjunto dos meios que permitem alcançar os efeitos desejados" (Russell).<br /><br /><strong>Formas e origens do poder<br /></strong><br />São várias de formas de exercício de poder do homem sobre o homem; o poder político é apenas uma delas.<br /><br /><strong>Concepção aristotélica<br /></strong><br />Para Aristóteles a distinção é baseada no interesse de quem se exerce o poder: o paterno se exerce pelo interesse dos filhos; o despótico, pelo interesse do senhor; o político, pelo interesse de quem governa e de quem é governado, tratando-se das formas corretas de Governo, nas demais o característico é que o poder seja exercido em benefício dos governantes.<br /><br /><br /><strong>Tipos de poder<br /></strong><br />o elemento específico do poder político pode ser obtido das várias formas de poder, baseadas nos meios de que se serve o sujeito ativo da relação para determinar o comportamento do sujeito passivo. Assim, podemos distinguir três grandes classes de um conceito amplíssimo do poder.<br /><br /><strong>Poder econômico<br /></strong><br />É o que se vale da posse de certos bens, necessários ou considerados como tais, numa situação de necessidade, para controlar aqueles que não os possuem, consistente na realização de um certo tipo de trabalho. A posse dos meios de produção é enorme fonte de poder para aqueles que os têm em relação àqueles que os não têm: o poder do chefe de uma empresa deriva da possibilidade que a posse ou disponibilidade dos meios de produção lhe oferece de poder vender a força de trabalho a troco de um salário. Quem possui abundância de bens é capaz de determinar o comportamento de quem não os tem pela promessa e concessão de vantagens.<br /><br /><strong>Poder ideológico<br /></strong><br />O poder ideológico se baseia na influência que as idéias da pessoa investida de autoridade exerce sobre a conduta dos demais: deste tipo de condicionamento nasce a importância social daqueles que sabem, quer os sacerdotes das sociedades arcaicas, quer os intelectuais ou cientistas das sociedades evoluídas. É por eles, pelos valores que difundem ou pelos conhecimentos que comunicam, que ocorre a de socialização necessária à coesão e integração do grupo.O poder dos intelectuais e cientistas emerge na modernidade quando as ciências ganham um estatuto preponderante na vida política da sociedade, influenciando enormemente o comportamento das pessoas. A ciência se propõe a responder pelos mistérios da vida, o que na Idade Média era "mistério da fé".<br /><br /><br /><strong>Poder político<br /></strong><br />O poder político se baseia na posse dos instrumentos com os quais se exerce a força física: é o poder coator no sentido mais estrito da palavra. A possibilidade de recorrer à força distingue o poder político das outras formas de poder. Isso não significa que ele seja exercido pelo uso da força; a possibilidade do uso é condição necessária, mas não suficiente para a existência do poder político. A característica mais notável é que o poder político detém a exclusividade do uso da força em relação à totalidade dos grupos sob sua influência<br /><br /><strong>Política, moral e ética<br /></strong><br />A crise política sem fim e sem precedentes sugere algumas reflexões sobre o problema da ética na política. Nenhuma profissão é mais nobre do que a política porque quem a exerce assume responsabilidades só compatíveis com grandes qualidades morais e de competência. A atividade política só se justifica se o político tiver espírito republicano, ou seja, se suas ações, além de buscarem a conquista do poder, forem dirigidas para o bem público, que não é fácil definir, mas que é preciso sempre buscar. Um bem público que variará de acordo com a ideologia ou os valores de cada político, mas o qual se espera que ele busque com prudência e coragem. E nenhuma profissão é mais importante, porque o político, na sua capacidade de ladrão que destroe instituições roubando decisões da vida do povo, pode ter uma má influência sobre a vida das pessoas maior do que a de qualquer outra profissão.<br />A ética da política não pode ser diferente da ética da vida pessoal. E além de observar os princípios gerais, como não matar ou não roubar, o político deve mostrar ao povo que o elegeu sua capacidade de defender o bem comum, e o bem estar de toda a sociedade, sem se preocupar com o simples exercício do poder. Além de não distinguir, de qualquer forma, os demais membros da sociedade, deve ser capaz de mostrar à esses membros que assume a responsabilidade pela consecução deste objetivo. Exerce, assim, o que se convencionou chamar da "ética da responsabilidade".<br />E a ética da responsabilidade leva em consideração as consequências das decisões que o político adota. Em muitas ocasiões, o político pode ser colocado frente a dilemas morais para tomar decisões. Mas o político ciente de sua obrigação com a ética da responsabilidade, sabe que não deve subverter seus valores, e muito menos aqueles que apresentou para seus eleitores. </div><br /></div><br /><br /><span style="font-size:78%;">Disponivel em:<br /></span><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Pol%C3%ADtica"><span style="font-size:78%;">http://pt.wikipedia.org/wiki/Pol%C3%ADtica</span></a><span style="font-size:78%;"> - (consultado em 25/03/2010 às 10:00) </span></div>William Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/03890358267168025856noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-275133025665519658.post-81163186591540093352010-11-22T10:20:00.000-08:002010-12-14T03:25:30.890-08:00O homem, um ser consciente.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeqMaQDqaF3VOcSXRkR9i5EFa8I3ESqVJTGxBWmPiHWAEte8VDY4wiSHJ3DTKk93nJGt4Xaa4rGSrkkSw65v3bFt9DF7wIzErUcM-tl6cum-AsgXL-srp8l_R75OAYL7QS10q_8MsvlNGj/s1600/imagem2.bmp"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5545396237185548226" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 330px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeqMaQDqaF3VOcSXRkR9i5EFa8I3ESqVJTGxBWmPiHWAEte8VDY4wiSHJ3DTKk93nJGt4Xaa4rGSrkkSw65v3bFt9DF7wIzErUcM-tl6cum-AsgXL-srp8l_R75OAYL7QS10q_8MsvlNGj/s400/imagem2.bmp" border="0" /></a><br /><div align="justify">"A moral, propriamente dita, não é a doutrina que nos ensina como sermos felizes, mas como devemos tornar-nos dignos da felicidade.”<br /><strong>Immanuel Kant<br /></strong><div class="pre-spoiler"><br /><input id="xs" value="Leia Mais" style="margin-left: 50px; padding: 0px; width: 80px; " onclick="if (this.parentNode.parentNode.getElementsByTagName('div')[1].getElementsByTagName('div')[0].style.display != '') { this.parentNode.parentNode.getElementsByTagName('div')[1].getElementsByTagName('div')[0].style.display = '';this.innerText = ''; this.value = 'Ocultar'; } else { this.parentNode.parentNode.getElementsByTagName('div')[1].getElementsByTagName('div')[0].style.display = 'none'; this.value = 'Leia Mais';}" type="button"> </div><br /><div><br /><div class="spoiler" style="display: none;"><br />O termo consciência é de uso freqüente na linguagem diária. Vejamos o que ele significa nas situações seguintes:<br />Paulo perdeu a consciência.<br />Paulo agiu de acordo com a sua consciência.<br />O que significa “perder a consciência”?<br />Perder a consciência é perder o sentimento da existência de nós mesmos e do mundo. Quando estamos despertos, esse sentimento acompanha todos os nossos atos. Trata-se da consciência psicológica, que é o conhecimento de nós mesmos: temos consciência de existir, temos consciência de nossos estados psíquicos, de nossas lembranças e sentimentos. Temos também consciência de que há livros sobre a mesa, de que o dia está chuvoso ou ensolarado. Portanto, a consciência psicológica se estende à experiência do meio em que vivemos. A consciência psicológica revela, pois, quem somos o que fazemos e que mundo nos rodeia.<br />Na segunda situação (“agir de acordo com sua consciência”), trata-se da consciência moral, aquela voz interior que n os orienta, de maneira pessoal, sobre o que devemos fazer em determinada situação. Antes da ação, a consciência moral emite seu juízo como uma voz que aconselha ou proíbe. Após a realização da ação, a consciência moral se manifesta como um sentimento de satisfação (força recompensadora) ou arrependimento, remorso (força condenatória).<br />A consciência psicológica e a consciência moral estão relacionadas. Na realidade, se o problema moral se estabelece para o homem é porque, inicialmente, ele tem consciência psicológica. Se todos os seus atos fossem desencadeados pela pressão dos instintos ou dos hábitos, se o homem não tivesse consciência do que faz, não existiria o problema moral. A consciência moral, portanto, pressupões a consciência psicológica.<br /><br /><strong>RESUMO</strong></div><br /><div align="justify"><br />Consciência psicológica: </div><br /><div align="justify">-conhecimento do eu e do mundo exterior<br /></div><br /><div align="justify">Consciência moral:<br />-antes da ação, aconselha ou proíbe;<br />-após a ação, manifesta-se como sentimento de satisfação ou remorso.<br /></div><br /><div align="justify">Consciência moral pressupõe consciência psicológica. Esta possibilidade a escolha; aquela orienta a escolha.<br /></div><br /><div align="justify">Componentes da vida moral: consciência – liberdade – responsabilidade.<br /></div><br /><div align="justify">Fatores que eximem o homem da responsabilidade moral: coações internas e externas.<br /><br />”A consciência é o melhor livro de moral e o que menos se consulta”.<br /><strong>Blaise Pascal</strong></div><br /></div></div>William Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/03890358267168025856noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-275133025665519658.post-62699866499784965442010-08-23T12:53:00.000-07:002010-08-23T13:37:20.499-07:00Para um bom Filosofar!<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSgELHwIS28zc1zBSDNc9MELEcLHByl8YMqLbCmikA_OEDwGNMXkF-yv87PkLxYW_Zq0I5EsaxEHxMVlV1gjCPTU3IXZ7MWl-i8rTGNh7uE2VWvpDSESzSMSHwAfHb1H5Ov7D4a0k9TfjB/s1600/circle.gif"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 286px; height: 248px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSgELHwIS28zc1zBSDNc9MELEcLHByl8YMqLbCmikA_OEDwGNMXkF-yv87PkLxYW_Zq0I5EsaxEHxMVlV1gjCPTU3IXZ7MWl-i8rTGNh7uE2VWvpDSESzSMSHwAfHb1H5Ov7D4a0k9TfjB/s400/circle.gif" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5508707053103206914" /></a>
<br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwBJVCnA7EE8PVQV-MopOZr_xf8ULRSHb8a0lEwC6JC6792UF29H1D2h71uaOXVi6KEAk85d2qrH84eNmQaQhq_BUuHq89G9aDwlXW4cZOONZfEVBW6_qmm-x618F5aCQFoMALd99ysXuf/s1600/circle.gif"></a>
<br />
<br />As <strong>PERGUNTAS FILOSÓFICAS</strong> podem dinamizar a problematização de um tema em debate,dando assim habilidades para o questionamento que provocam o desenvolvimento do raciocínio: comparar, identificar semelhanças e diferenças, constrastar, perceber contradições, dar e pedir boas razões, definir, aplicar e avaliar critérios, distinguir razões de não-razões, boas e más razões, precisar o que for vago, detectar pressupostos, detectar ambiguidades, inferências indutivas, inferências dedutivas, raciocinar por analogia, generalizar, detectar falácias.
<br /><div class="pre-spoiler">
<br /><input id="xs" value="Leia Mais" style="margin-left: 50px; padding: 0px; width: 80px; " onclick="if (this.parentNode.parentNode.getElementsByTagName('div')[1].getElementsByTagName('div')[0].style.display != '') { this.parentNode.parentNode.getElementsByTagName('div')[1].getElementsByTagName('div')[0].style.display = '';this.innerText = ''; this.value = 'Ocultar'; } else { this.parentNode.parentNode.getElementsByTagName('div')[1].getElementsByTagName('div')[0].style.display = 'none'; this.value = 'Leia Mais';}" type="button"> </div>
<br /><div>
<br /><div class="spoiler" style="display: none;">
<br />
<br /><strong>1.Perguntas que pedem esclarecimento, explicação, definição: </strong></strong>
<br />
<br />- O que você quer dizer exatamente quando diz isso?
<br />- O que você quer dizer com a palavra que está usando?
<br />- Você pode explicar de outra forma o que acabou de dizer?
<br />- Como poderia ser colocado este tema?
<br />- O que você pensa poderia ser colocado de outra forma?
<br />- Alguém é capaz de esclarecer o que foi dito?
<br />- Você poderia dar um exemplo do que acabou de dizer?
<br />
<br />
<br />
<br /><strong>2.Perguntas que pedem opiniões diferentes, alternativas, contra-exemplos: </strong>
<br />
<br />
<br />- Há outras maneiras de se ver este assunto?
<br />- Por acaso alguém tem um ponto de vista diferente?
<br />- Vocês não estão dizendo a mesma coisa de formas diferentes?
<br />- Há diferença entre o que eles disseram?
<br />- Quem pode explicar a diferença entre o que eles disseram?
<br />- Alguém poderia dar um contra ? exemplo?
<br />
<br />
<br />
<br /><strong>3. Perguntas que contestam a opinião ou a sua coerência: </strong>
<br />
<br />
<br />- Seu pensamento continuaria coerente em quaisquer circunstâncias?
<br />- Você não acha que está se contradizendo?
<br />- Vocês estão dizendo a mesma coisa ou estão se contradizendo?
<br />- O que você pensa de opiniões contrárias à sua?
<br />
<br />
<br />
<br /><strong>4. Perguntas que pedem razões ou pressupostos de uma opinião:</strong>
<br />
<br />
<br />- O que você está pressupondo quando faz esta afirmação?
<br />- Como você sabe disso?
<br />- Qual é o seu raciocínio para afirmar isto?
<br />- Que razões fazem você pesar isto?
<br />- Em que você se apóia para afirmar isto?
<br />- Em que se baseia a sua opinião?
<br />- Por que você chegou a dizer isto?
<br />- Como você chegou a esta opinião?
<br />
<br />
<br />
<br /><strong>5. Perguntas referentes a conseqüências, inferência: </strong>
<br />
<br />
<br />- O que eu posso concluir do que você disse?
<br />- O que você está sugerindo com o que você disse?
<br />- O que está implícito no que você disse?
<br />- Se o que você diz é correto, o que podemos concluir?
<br />- Quais são as conseqüências da sua opinião?
<br />
<br />
<br />
<br /><strong>6. Perguntas que estabelecem relações (ligações): </strong>
<br />
<br />
<br />- Quais são as características fundamentais do que você está dizendo?
<br />- Há relação entre o que vocês disseram?
<br />- Você é capaz de esclarecer as diferenças e as semelhanças entre o que disseram?
<br />- É possível ver outras relações entre as opiniões de vocês?
<br />
<br />
<br />
<br /><strong>7. Perguntas sobre perguntas:</strong>
<br />
<br />
<br />- Você acha que esta é uma pergunta apropriada?
<br />- Esta é uma pergunta relevante?
<br />- O que esta pergunta pressupõe?
<br />- Você poderia pensar uma outra pergunta que enfatizasse outro aspecto deste assunto?
<br />- Esta pergunta vai nos ajudar?
<br />
<br />Estas são as dicas de Filosofia com Crianças e Adolescentes, sobre os questionamentos que partem de um contexto de investigação intrigante. Boas aulas!!!!
<br /></div>
<br /></div>William Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/03890358267168025856noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-275133025665519658.post-45932892223652477302010-08-07T09:04:00.000-07:002010-12-14T03:23:38.895-08:00O método desviante - por Jeanne Marie Gagnebin<div align="justify">Como uma boa e velha professora de filosofia, prefiro cercear o assunto, amplo demais, por caminhos negativos, desvios e atalhos que não parecem levar a lugar algum. Digo “professora de filosofia”, porque meu território de atuação é, primeiramente, a sala de aula e a dinâmica com os estudantes, com todas as vantagens e todas as restrições que o ensino universitário no Brasil traz consigo. E digo também uma “velha” professora de filosofia porque posso me permitir, hoje, nesse momento de minha carreira acadêmica, algumas provocações que não vão (pelo menos, assim o espero!) colocar em questão nem meu contrato nem meu emprego. Imagino que os jovens colegas, com ou sem vaga ainda, não ousariam pensar de tal maneira, pelo menos explicitamente, porque têm que assegurar primeiro seu lugar no sol. Ofereço a eles um pequeno descanso na sombra. </div><div align="justify"><div class="pre-spoiler"><br /><input id="xs" value="Leia Mais" style="margin-left: 50px; padding: 0px; width: 80px; " onclick="if (this.parentNode.parentNode.getElementsByTagName('div')[1].getElementsByTagName('div')[0].style.display != '') { this.parentNode.parentNode.getElementsByTagName('div')[1].getElementsByTagName('div')[0].style.display = '';this.innerText = ''; this.value = 'Ocultar'; } else { this.parentNode.parentNode.getElementsByTagName('div')[1].getElementsByTagName('div')[0].style.display = 'none'; this.value = 'Leia Mais';}" type="button"> </div><br /><div><br /><div class="spoiler" style="display: none;"><br /><br /><strong>Primeira regra</strong> para o reto ensino, em particular, o reto ensino da filosofia: não temer os desvios, não temer a errância. Os programas e “cronogramas” somente servem de esboços utópicos do percurso de uma problemática. Não esquecer que o tempo é múltiplo: não é somente “chronos” (uma concepção linear que induz falsamente a uma aparência de causalidade) , mas é também “aiôn” (esse tempo ligado ao eterno, que, confesso, ainda não consegui entender...) e, sobretudo, “kairos”, tempo oportuno, da ocasião que se pega ou se deixa, do não previsto e do decisivo. Quando algo acontece na aula, quando algo pode ser, subitamente, uma verdadeira questão (para todos: estudantes e professor, não só para este último), aí vale a pena demorar, parar, dar um tempo, descrever o impasse e, talvez, perceber que algo está começando a ser vislumbrado, algo que ainda não tinha sido pensado (não por ninguém na tradição filosófica inteira, isso é abstrato, mas por ninguém dos participantes concretos agora e aqui na aula), algo novo e, portanto, que<br />não sabemos ainda como nomear.<br /><br /><strong>Segunda regra</strong> para o reto ensino, já cheio de desvios: não ter medo de “perder tempo”, não querer ganhar tempo, mas reaprender a paciência. Essa atitude é naturalmente muito diferente, imagino, num ensino dito técnico, no qual os estudantes devem aprender várias técnicas, justamente, vários “conteúdos”, ensino essencial para o bom funcionamento de várias profissões. Mas, no ensino da filosofia (e talvez de mais disciplinas se ousarmos pensar melhor), paciência e lentidão são virtudes do pensar e, igualmente, táticas modestas, mas efetivas, de resistência à pressa produtivista do sistema capitalista- mercantil- concorrencial etc. etc. (esqueci de dizer que a velha professora tinha 20 anos em 1968). Lyotard disse isso lindamente: “Si l’un des principaux critères de la réalité et du réalisme est de gagner du temps, ce qui est, me semble-t-il, le cas aujourd’hui, alors le cours de philosophie n’est pas conforme à la réalité d’aujourd’hui. Nos difficultés de professeurs de philosophie tiennent essentiellement à l’exigence de la patience. Qu’on doive supporter de ne pas progresser (de façon calculable, apparente), de ne faire que commencer toujours, cela est contraire aux valeurs ambiantes de prospective, de développement, de ciblage, de performance, de vitesse, de contrat, d’exécution, de jouissance” (« Le Postmoderne Expliqué aux Enfants », Galilée, 1986, Paris, pp. 158/159).<br /><br /><strong>Terceira regra</strong> desviante: não querer ser “atual”, estar na moda, up to date, mas assumir o anacronismo produtivo, uma não-conformidade ao tempo (Unzeitgemässheit, dizia Nietzsche), não correr atrás das novidades (mercadorias intelectuais ou não), mas perceber o surgimento do devir no passado antigo ou no presente balbuciante, hesitante, ainda indefinido e indefinível. Deixar que essa hesitação possa desabrochar. Não procurar por normas e imperativos, mesmo na desorientação angustiante, mas conseguir dizer, de maneira diferenciada, as dúvidas. (Caro leitor, você já percebeu a quantos imperativos somos submetidos, somente andando 10 km na cidade ou lendo uma revista? O tempo do imperativo é o da propaganda).<br /><br />Resistir, portanto à tentação do professor e do “intelectual” em geral de ter de encontrar uma saída, uma solução, uma lei, uma verdade, um programa de partido ou não. Agüentar a angústia. Adorno dizia que essa dimensão era uma dimensão de resistência não só ao sistema dominante do mundo administrado, mas também aos sonhos de dominação do pensamento. Não querer colocar uma ordem necessária onde há primeiro, desordem, não confundir “taxinomia”, arranjo em várias gavetas com pensamento -pois pensar é, antes de mais nada, duvidar, criar caminhos, perder-se na floresta e procurar por outro caminho, talvez inventar um atalho.<br /><br /><strong>Quarta regra</strong> de método desviante (“Método é desvio”, dizia um velho mestre quase chinês, Walter Benjamin): não se levar tão a sério assim, só porque estudou latim e grego ou fez doutorado na Alemanha ou consegue entender Heidegger. Mais radicalmente: não levar demais a sério as “opiniões” pessoais, em particular as suas. São, no melhor dos casos, somente a ocasião de ir além delas, do reino dito encantado das “idéias” e “crenças” subjetivas. Não cair na ilusão liberal de que a liberdade se esconde nas escolhas individuais, arbitrárias e/ou manipuladas. Se há algo que a reflexão filosófica pode realmente ajudar a pensar é a necessidade de ultrapassar, de ir além -isto é de “transcender”- os pequenos narcisismos individuais para vislumbrar “o vasto oceano da Beleza” (dizia o velho Platão), o Reino do Espírito, dizia outro velho senhor idealista, hoje talvez digamos o “enigma do Real” ou, então, as linhas de fuga e os acontecimentos.<br /><br />Essa dimensão “objetiva” (não em oposição ao “sujeito”, mas levando em questão a materialidade e a historicidade das “coisas” que nos resistem e nos atraem) do pensamento justifica a exigência, imprescindível, da diferenciação conceitual, isto é, do esforço e da ascese (askesis, ou exercício, em grego) conceituais: não se trata de malabarismos intelectuais complicados, mas de tentativas sempre reiteradas de compreender o “real” sem violentá-lo. Esse esforço, essa “paciência do conceito”, vai, de novo, contra a pressa reinante, e também contra os “achismos” tão prezados na imprensa e na televisão, nos meios ditos de “comunicação”. Também resiste à ilusão de que o debate de idéias, como se diz, seja um enfrentamento de dois ou mais oradores brilhantes (ou não) que tentam, cada um, fazer prevalecer sua<br />opinião sobre a opinião do outro.<br /><br />A ascese conceitual também implica o aprendizado de um certo despojamento da vontade individual e concorrencial de auto-produção perpétua em detrimento dos outros. Não se trata de ser melhor que os outros, mas de estar atento às possibilidades de transformação da realidade, portanto, de não passsar ao lado dela, de compreendê-la melhor, na sua possível mutabilidade. Isso implica, aliás, que, muitas vezes, não sei, não posso dizer nada que ajude, portanto também ouso calar-me, não cedo à tentação de falar sobre tudo e qualquer coisa.<br /><br /><strong>Conclusão:</strong> não se dobrar aos imperativos mercantis-intelectuais da “produção” de “papers” e da contagem de pontos nos inúmeros “curricula” e relatórios administrativos- acadêmicos: se tiver que contar “pontos”, conte para que lhe deixem em paz, mas não confunda isso com trabalho intelectual ou mesmo espiritual. Já que temos o privilégio de lecionar filosofia, isto é, uma coisa de cuja utilidade sempre se duvidou, vamos aproveitar esse grande privilégio (de classe, de profissão, de tempo livre) e solapar alguns imperativos ditos categóricos e racionais: contra a pressa, a produtividade, a concorrência, a previsibilidade, a especialização custe o que custar, as certezas e as imposições. Podemos exercer, treinar, mesmo numa sala de aula, sim, pequenas táticas de solapamento, exercícios de invenção séria e alegre, exercícios de paciência, de lentidão, de gratuidade, de atenção, de angústia assumida, de dúvida, enfim, exercícios de solidariedade e de resistência.<br /></div><br /></div><br /><span style="font-size:85%;">Jeanne Marie Gagnebin<br />É professora de filosofia na PUC/SP e de teoria literária na Unicamp, autora, entre outros, de "História e Narração em Walter Benjamin" (Perspectiva, 1994) e de "Sete Aulas sobre Linguagem, Memória e História" (Imago, 1997), e também:</span></div><p align="justify"><span style="font-size:85%;">Doutorado em Filosofia pela Universitat Heidelberg (Ruprecht-Karls) (1978) , pos-doutorado pela Ecole des Hautes Etudes en Sciences Sociales (1988) , pos-doutorado pela Universitat Konstanz (1990) , pos-doutorado pela Freie Universitat Berlin (1996) e pos-doutorado pela Zentrun Fur Literaturforschung (2000)</span></p>William Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/03890358267168025856noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-275133025665519658.post-65140638463448060392010-07-30T09:12:00.000-07:002010-07-30T09:18:41.255-07:00Professor Aquiles Arquelau - PhD em Mitologia<p align="center"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dwd3TlKhF837tdFyeELhSaH-xOH6md513NFIPpCPE6_jIYeRVKKxZ3EOmm7zBZKqYMs2l5_umqnyInDVMa4sg' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></p>William Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/03890358267168025856noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-275133025665519658.post-24424368783463161272010-07-29T10:10:00.000-07:002010-07-30T09:10:48.522-07:00Campeonato Mundial de Filosofia<p align="center"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dwF9jbZLPwc_75hp-DpOEZ7ePpEaOduvW6HPjbpLLAx17iMn_Uf-FdzaSjR3HKcKh9hSxblsIHHjEMf3_j3FA' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></p>William Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/03890358267168025856noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-275133025665519658.post-17449790114887563042010-07-29T08:35:00.000-07:002010-07-30T09:09:47.311-07:00Quadrinhos Filosóficos - Os pré-socráticos<div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEih6jci7mndEYsJDn7PVFquzMQtTfxsnbOqd9Ddm7Yew9Do-VHsJOmG3HmwZBrJGt44POluZ_Dbp0W-mj-futC2veAzK7ex4MGdleBJ2yAOQc0dQq6QGCx2j1fBP5ArzvKp5OxNoer3C4nZ/s1600/presocraticospag1.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5499373157919898258" style="DISPLAY: block; 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MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 282px; CURSOR: hand; HEIGHT: 400px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJ0zV3WGz1y8oIperQBpv41jm5pBMNDMzvMZReF5J347TzNZJDpbsBNqawcYBomuMqOZg12KZ6RAJ_BLxPpcmG07XmolhiQ6C9UXRwRVqKCcQiUii7UDNcygW8Ht8RfCuh2OoJcEb0UXTW/s400/presocraticospag4.jpg" border="0" /></a><br /><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5499373760368863938" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 282px; CURSOR: hand; HEIGHT: 400px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjiL1dbiSUoHFvcCQhS9yrkA8exSdzXlNVZW9-i4QnVvJ8C4q697vR-Dj9_1j9HnZzzxt7I1vQIuZlVdCQb-IJUp4XcwcCMGt2W-lzvV0Kr-PAaRb849N9N-L-TLzaOWOEvLqUjeqzz2fnL/s400/presocraticospag5.jpg" border="0" /><br /><br /><br /><br /><div><br /><br /><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOzePPMyzULZFfMmb26gweSRruZWsagXt7SZD96a5ftEXzHw_H9d-gXe287GbLfbnu6oLIn35bdumOdbJH8J1SlQv_ykcDFbVIE7j7_wKwUwZ5UOLLzUpseCN-Qx4mKTPqYbCJAkuskiL8/s1600/presocraticospag6.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5499372518743647090" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 282px; CURSOR: hand; HEIGHT: 400px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOzePPMyzULZFfMmb26gweSRruZWsagXt7SZD96a5ftEXzHw_H9d-gXe287GbLfbnu6oLIn35bdumOdbJH8J1SlQv_ykcDFbVIE7j7_wKwUwZ5UOLLzUpseCN-Qx4mKTPqYbCJAkuskiL8/s400/presocraticospag6.jpg" border="0" /></a><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDP7WP72H8HmfqoOYT4RdE8VRn6j7Z-TJZdMWpWnNYkFWYU38Cp8Sil8uVY3s7FoPhnAyPinaO7R5u3fETsrf8NsgN52QUMPvb2_JOHqiFcnPhaFWzVT-ou0SdqantA5u7WfA37sUrttmu/s1600/presocraticospag7.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5499372257731551842" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 282px; CURSOR: hand; HEIGHT: 400px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDP7WP72H8HmfqoOYT4RdE8VRn6j7Z-TJZdMWpWnNYkFWYU38Cp8Sil8uVY3s7FoPhnAyPinaO7R5u3fETsrf8NsgN52QUMPvb2_JOHqiFcnPhaFWzVT-ou0SdqantA5u7WfA37sUrttmu/s400/presocraticospag7.jpg" border="0" /></a><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjag8aG8hu5jvhM63F0ZEVhptLMRdiq4VMi-4lfYAOR2ueE7SmcI2TUHj_J8WO28zM2frGQoYX-ZXAIL4vkeKb1LW3E_RhVAECwg3jZ2CtOoKiJGUxPJZSYJEoaxdHPm-06qkkYtWGIQ7OF/s1600/presocraticospag8.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5499372153380401458" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 282px; CURSOR: hand; HEIGHT: 400px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjag8aG8hu5jvhM63F0ZEVhptLMRdiq4VMi-4lfYAOR2ueE7SmcI2TUHj_J8WO28zM2frGQoYX-ZXAIL4vkeKb1LW3E_RhVAECwg3jZ2CtOoKiJGUxPJZSYJEoaxdHPm-06qkkYtWGIQ7OF/s400/presocraticospag8.jpg" border="0" /></a><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNUlI9lwFDjn8dLlQUPNmPGebzbBvA0KqNcBxxGjlWbH4o_1IKXz46bljzjE4m4RA_OXsFFdYwOw6RFXqVx5aPVPHi_tBMksEnjUFL4Ei9tKy7TrO7ppjX1F5cDZIC3y_G7BE0PUONSOur/s1600/presocraticospag9.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5499371981322274946" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 282px; CURSOR: hand; HEIGHT: 400px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNUlI9lwFDjn8dLlQUPNmPGebzbBvA0KqNcBxxGjlWbH4o_1IKXz46bljzjE4m4RA_OXsFFdYwOw6RFXqVx5aPVPHi_tBMksEnjUFL4Ei9tKy7TrO7ppjX1F5cDZIC3y_G7BE0PUONSOur/s400/presocraticospag9.jpg" border="0" /></a><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><div> </div><div> </div><div> </div><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjiXz9rRCi2RF7EXL_MzOSYzwKBjmx5eRhY1fP7gWczZdOZhVG6I4TwFUgSXcJ4pKMDI83SecpE4CeGgpWo6g7qXQeFc_1twwX_Yx8sAOypWy0tWHm1NeP1-znQzTMbr72wD1yzRVKMAAtx/s1600/presocraticospag10.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5499371801048768978" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 282px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjiXz9rRCi2RF7EXL_MzOSYzwKBjmx5eRhY1fP7gWczZdOZhVG6I4TwFUgSXcJ4pKMDI83SecpE4CeGgpWo6g7qXQeFc_1twwX_Yx8sAOypWy0tWHm1NeP1-znQzTMbr72wD1yzRVKMAAtx/s400/presocraticospag10.jpg" border="0" /></a></div><div>Veja mais em:http://<a href="http://www.filosofiaemquadrinhos.com.br/">www.filosofiaemquadrinhos.com.br</a></div><div> </div><div></div><br /></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div>William Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/03890358267168025856noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-275133025665519658.post-89475483425355468252010-06-24T12:09:00.000-07:002010-07-30T09:47:42.157-07:00O deserto do real<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhG1zQ_lFEAJcqtUO5s-b0jajV-WUo2ueEZyshwDtPaWE0M6TWLkV0PdTL6D8n6aTsjcvGs1NH7Lb3UqZE1_xyIvU0WHgBnUdQEaJwq-rt8yRwgUc8ulQGEg3nOuZ4oghJS7nAgua5kR2ED/s1600/imagem2.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5486422639617040690" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 250px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhG1zQ_lFEAJcqtUO5s-b0jajV-WUo2ueEZyshwDtPaWE0M6TWLkV0PdTL6D8n6aTsjcvGs1NH7Lb3UqZE1_xyIvU0WHgBnUdQEaJwq-rt8yRwgUc8ulQGEg3nOuZ4oghJS7nAgua5kR2ED/s320/imagem2.JPG" border="0" /></a><br /><div>Você já se perguntou o que é a realidade? E a verdade?<br />Imagine se você estivesse dormindo, e não conseguisse acordar, como você saberia o que é realidade e o que é sonho?<br />No capitulo VII da obra República, Platão elabora a alegoria da caverna, como metáfora de uma situação na qual os homens vivem na aparência acreditando ser a realidade. Assim, tudo que vêem, fazem e sentem não passam de sombras. Esta alegoria faz alusão ao advento<br />do pensamento racional.<br />Portanto, estamos diante de um paradoxo: por que Platão, na busca de desenvolver o pensamento racional, usa constantemente os mitos para filosofar?<br /><br /><br />*Profº Eloi Corrêa dos Santos (Colégio Estadual Sto. Antonio e Colégio Estadual Mário Evaldo Morski. Pinhão - PR) </div>William Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/03890358267168025856noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-275133025665519658.post-26254345531608867982010-06-24T12:01:00.000-07:002010-07-30T09:47:56.041-07:00Mas enfim o que é mito?<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbHZBl0R3B0GeOn90L2V2I-h_w8tFwosVcennHNFUGGgHuK6VYr6knW-3Ooeh9zvfzXcC3mEP6mXmlF4Tm4d0RFitH3I4ZzuGRTBrzC0inntzHSTUjDM0cCprcV3z44_2GSYbC6p6z3cxx/s1600/zeus.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5486419289673496594" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 313px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbHZBl0R3B0GeOn90L2V2I-h_w8tFwosVcennHNFUGGgHuK6VYr6knW-3Ooeh9zvfzXcC3mEP6mXmlF4Tm4d0RFitH3I4ZzuGRTBrzC0inntzHSTUjDM0cCprcV3z44_2GSYbC6p6z3cxx/s320/zeus.jpg" border="0" /></a><br />O pensamento mítico é por natureza uma explicação da realidade que não necessita de metodologia e rigor, enquanto que o logos caracteriza-se pela tentativa de dar resposta a esta mesma realidade, a partir de conceitos racionais. Mas existe razão nos mitos?<br /><div class="pre-spoiler"><br /><input id="xs" style="PADDING-RIGHT: 0px; PADDING-LEFT: 0px; PADDING-BOTTOM: 0px; MARGIN-LEFT: 50px; WIDTH: 80px; PADDING-TOP: 0px" onclick="if (this.parentNode.parentNode.getElementsByTagName('div')[1].getElementsByTagName('div')[0].style.display != '') { this.parentNode.parentNode.getElementsByTagName('div')[1].getElementsByTagName('div')[0].style.display = '';this.innerText = ''; this.value = 'Ocultar'; } else { this.parentNode.parentNode.getElementsByTagName('div')[1].getElementsByTagName('div')[0].style.display = 'none'; this.value = 'Leia Mais';}" type="button" value="Leia Mais"> </div><br /><div><br /><div class="spoiler" style="DISPLAY: none"><br /><br />Não seria também a racionalidade, um mito moderno disfarçado? Assim como na antigüidade, o mito estava a serviço dos interesses da aristocracia rural e, portanto não interessava à aristocracia ateniense, surgindo assim o pensamento racional ligado à “pólis”,<br />No mundo contemporâneo, não estariam o pensamento tecnicista e a ciência, a serviço do capital e das elites que financiam a produção do conhecimento científico?<br />O homem moderno continua ainda a mover-se em direção a um valor que o apaixona e só posteriormente é que busca explicitá-lo pela razão. Entende-se, pois, que o mito manifesta-se por meio de elementos figurativos, enquanto que o logos utiliza-se de elementos racionais, portanto é preciso deixar bem claro que não se pretende aqui colocar o pensamento racional no mesmo plano do pensamento mítico, mas sim, que a partir de uma releitura percebemos que o Iluminismo não deu conta nem mesmo de realizar a tarefa de que se propôs:<br />iluminar as trevas da ignorância; quanto mais dissolver os mitos e anular a imaginação.<br /></div><br /></div>William Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/03890358267168025856noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-275133025665519658.post-32813006237242461622010-06-02T10:42:00.000-07:002010-06-02T11:04:44.198-07:00Fédon e a Palavra.Fédon, contemporâneo e companheiro de Platão, dá o nome a um dos diálogos de Sócrates. Sabe-se que foi prisioneiro quando sua cidade foi vencida, e se viu reduzido a viver miseravelmente, preso num quarto estreito e escuro, até que Sócrates convenceu Alcibíades (ou Criton), a libertá-lo. Passou, desde então, a se dedicar inteiramente a filosofia. Segundo alguns, teria sido escravo. Escreveu vários diálogos, que se perderam. Alguns deles são também atribuídos a Esquines ou a Polienes. O texto que hoje publicamos é tomado do diálogo "Eretiriakos", um dos apócrifos do livro de Gerhard Walterius sobre os apócrifos da Grécia. Sua linha de panegírico à palavra, como expressão da idéia, traz o sabor do pensamento socrático. <div class="pre-spoiler"><br /><input id="xs" style="PADDING-RIGHT: 0px; PADDING-LEFT: 0px; PADDING-BOTTOM: 0px; MARGIN-LEFT: 50px; WIDTH: 80px; PADDING-TOP: 0px" onclick="if (this.parentNode.parentNode.getElementsByTagName('div')[1].getElementsByTagName('div')[0].style.display != '') { this.parentNode.parentNode.getElementsByTagName('div')[1].getElementsByTagName('div')[0].style.display = '';this.innerText = ''; this.value = 'Ocultar'; } else { this.parentNode.parentNode.getElementsByTagName('div')[1].getElementsByTagName('div')[0].style.display = 'none'; this.value = 'Leia Mais';}" type="button" value="Leia Mais"> </div><br /><div><br /><div class="spoiler" style="DISPLAY: none"><br /><br />Dizem alguns que o silêncio é de ouro. Um homem sábio, porém, não o dirá. Pois de ouro é a palavra. De ouro e de fogo. Porque uma vez dita, ela é uma idéia forjada e duradoura, assim como as jóias, de metal, cuja forma resiste aos tempos. E de fogo, porque ela está sempre acesa, para iluminar ou para queimar. E tanto queima para destruir e reduzir a cinzas as coisas perecíveis em que toca, como para curar alguma corrupção da matéria.<br />A palavra é, assim, um fogo, com todas as virtudes do fogo, inclusive a virtude curativa do cautério. Creio que esse provérbio que diz o silêncio é de ouro foi inventado pelos governos despóticos. Pois a perversidade dos tiranos e a truculência dos déspotas sempre foram os maiores inimigos da palavra, e isto porque nenhuma prepotência consegue reduzir à escravidão o homem que se serve de sua palavra.<br />Ai da cidade em que os homens desertam o uso da palavra, acuados pelo medo, silenciados pelo egoísmo das próprias conveniências ou emasculados pela indiferença! Na cidade em que os homens se decidem a servir-se livremente da palavra, não podem medrar os déspotas. E se houverem surgido, serão derrubados e reduzidos a cinza pelo fogo da palavra dos cidadãos livres. Já que a palavra é a arma mais poderosa de que dispõe o homem para defender-se contra a injustiça e a oposição, a mais terrível maldade que pode cometer um tirano contra seu povo é proibir-lhe o uso da palavra na ágora da cidade (ágora - praça e mercado - N.T.).<br />Mas se os cidadãos souberem avaliar o peso e a força da palavra, não há tirano que dela os consiga privar. Pois se um cidadão quiser, sempre poderá levantar a voz no meio do povo e clamar contra o tirano, se os soldados e fiscais do tirano o silenciarem matando-o, os outros cidadãos continuarão o clamor pelo que morreu.<br />O tirano atilado sabe que, numa cidade amante da liberdade, se matarem um cidadão pelo uso que ele fez da palavra, terá de matar a cidade inteira, pois a cidade inteira repetirá, dia e noite como um eco, a palavra do que morreu por utilizar-se do poder de falar. E o tirano atilado sabe que não pode matar todo o povo de uma cidade inteira, pois então ele também deixara de existir como tirano, uma vez que não terá sobre quem reinar. E como só morto o cidadão pode ser impedido de falar, parece óbvio que só existe a tirania do despotismo naquela cidade em que o povo desertou do direito de usar a palavra. Onde houver alguém capaz de falar contra a opressão e a prepotência, o déspota será despojado de seu poder. E quando digo que só a morte pode impedir o homem de servir-se da palavra, é porque na verdade assim é. O homem arrastado ao cárcere poderá ir clamando pelo caminho seu protesto, contra a injustiça, pois quando chegar à porta do calabouço, seu protesto já será um coro. Ou então, quando chegar diante do juiz, sua palavra de fogo terá queimado os ouvidos do magistrado. Se cortarem a língua de um homem, como fizeram a Karibides em Mégara, bastará que ele fique no meio da ágora, com a boca aberta e falando com os olhos e as mãos, para que os demais cidadãos traduzam em sons a palavra que está dizendo e julguem os malfeitores.<br />Foi, de resto, o que aconteceu aos que torturaram o inocente Karibides.<br />Se os fiscais do tirano mandarem amarrar um pano na boca do cidadão ou meter um freio de cavalo dentro dela, prendendo-lhe a língua, poderá ele ainda ir para o meio da praça, como fizeram Magonides de Magnésia e Philautos de Queronéia: o primeiro rasgou o pano com os dentes, até poder falar, e o segundo, tratado torpemente como um cavalo, começou a dar coices para o ar, e cada coice era uma palavra, entendida pelo povo, denunciando a iniquidade do déspota.<br />Todos devem usar a palavra permanentemente, para corrigir os erros do mundo. O servo deve clamar mais alto, para que os outros servos saibam que um senhor cruel está maltratando um de seus companheiros e atraia contra o injusto a autoridade dos outros senhores ou a união de todos os servos contra todos os maus senhores. Devem clamar o filósofo e o poeta, para que os apresentadores de idéias falsas e de versos descompostos não corrompam o povo inteiro com a mentira e a desarmonia. Deve falar o soldado, para corrigir os erros do capitão, quando o general não os corrige. E o capitão para corrigir os erros do estratego, quando a cidade não os corrige.<br />O silêncio, no caso, não seria de ouro. De ouro é a palavra corajosa, que impede a perdição da cidade, mergulhada nos próprios erros, ou desbaratada à mão dos inimigos, por falta de uma palavra. Uma palavra de ouro, que dure tanto como o ouro, e uma palavra de fogo, que alumie e queime tanto como o fogo.<br /><br /><span style="font-size:78%;">Publicado na Folha de S.Paulo, sábado, 18 de março de 1978.</span></div></div>William Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/03890358267168025856noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-275133025665519658.post-12034599634607716882010-05-28T05:05:00.002-07:002010-07-29T10:52:37.107-07:00O mito hoje.<div align="justify"><span>Na modernidade, podemos pensar filosoficamente outros conceitos para </span>o mito. Um dos modos de entender o mito é pensá-lo como fantasmagoria, isto é, aquilo que a sociedade imagina de si mesma a partir de uma aparência que acredita ser a realidade. Por exemplo: é mítica a idéia de progresso, porque é uma idéia que nos move e alimenta nossa ação, mas, na realidade não se concretiza. A sociedade moderna não progride no sentido que tudo o que é novo é absorvido para a manutenção e ampliação das estruturas do sistema capitalista. O progresso apresenta-se como um mito porque alimenta o nosso imaginário.<br /><br /></div><div class="pre-spoiler" align="justify"><br /><input id="xs" style="PADDING-RIGHT: 0px; PADDING-LEFT: 0px; PADDING-BOTTOM: 0px; MARGIN-LEFT: 50px; WIDTH: 80px; PADDING-TOP: 0px" onclick="if (this.parentNode.parentNode.getElementsByTagName('div')[1].getElementsByTagName('div')[0].style.display != '') { this.parentNode.parentNode.getElementsByTagName('div')[1].getElementsByTagName('div')[0].style.display = '';this.innerText = ''; this.value = 'Ocultar'; } else { this.parentNode.parentNode.getElementsByTagName('div')[1].getElementsByTagName('div')[0].style.display = 'none'; this.value = 'Leia Mais';}" type="button" value="Leia Mais"> </div><div align="justify"><br /></div><div align="justify"><br /></div><div class="spoiler" style="DISPLAY: none" align="justify"><br /><br /><br />Boaventura, (2003), defende que todo conhecimento científico é socialmente construído, que o rigor da ciência tem limites inultrapassáveis e que sua pretensa objetividade não implica em neutralidade, daí resulta que acreditar que a ciência leva ao progresso e que o progresso e a história são de alguma forma linear, pode ser considerado como o mito moderno da cientificidade. Quando, ao procurarmos analisar a situação presente nas ciências no seu conjunto, olhamos para o passado, a primeira imagem é talvez a de que os progressos científicos dos últimos 30 anos são de uma ordem espetacular que os séculos que nos precederam não se aproximam em complexidade. Então juntamente com Rousseau (1712 - 1778) perguntamos: os progressos das ciências e das artes contribuirão para purificar ou para corromper os nossos costumes? Há uma relação entre ciência e virtude? Há uma razão de peso para substituirmos o conhecimento vulgar pelo conhecimento científico? </div><div class="spoiler" style="DISPLAY: none" align="justify"></div><div class="spoiler" style="DISPLAY: none" align="justify"><span style="color:#ff0000;">Desde sempre o iluminismo, no sentido mais abrangente de um pensar que faz progressos, perseguiu o objetivo de livrar os homens do medo e de fazer deles senhores. Mas completamente iluminada, a terra resplandece sob o signo do infortúnio triunfal. O programa do iluminismo era o de livrar o mundo do feitiço. Sua pretensão, a de dissolver os mitos e anular a imaginação, por meio do saber. Bacon, “o pai da filosofia experimental” (cofr. Voltaire), já havia coligido as suas idéias diretrizes. (...) Apesar de alheio à matemática, Bacon, captou muito bem o espírito da ciência que se seguiu a ele. O casamento feliz entre o entendimento humano e a natureza das coisas, que ele tem em vista, é patriarcal: o entendimento, que venceu a superstição, deve ter voz de comando sobre a natureza desenfeitiçada. Na escravização da criatura ou na capacidade de oposição voluntária aos senhores do mundo, o saber que é poder não conhece limites. Esse saber serve aos empreendimentos de qualquer um, sem distinção de origem, assim como, na fábrica e no campo de batalha, está a serviço de todos os ins da economia burguesa. Os reis não dispõem sobre a técnica de maneira mais di-<br />reta do que os comerciantes: o saber é tão democrático quanto o sistema econômico juntamente com o qual se desenvolve. A técnica é a essência desse saber. Seu objetivo não são os conceitos ou imagens nem a felicidade da contemplação, mas o método, a exploração do trabalho dos outros, o capital. (ADORNO e HORKHEIMER, 1975, p. 97-98)</span></div><div class="spoiler" style="DISPLAY: none" align="justify"></div><div class="spoiler" style="DISPLAY: none" align="justify">O iluminismo partiu do pensamento de que a razão seria um instrumento capaz de iluminar a realidade, libertando os homens das trevas da ignorância, da ingenuidade da imaginação e do mito. O animismo, a magia e o fetichismo teriam sido finalmente superados e o mundo estaria livre desses flagelos. O entendimento e a razão assumiriam o comando sobre a natureza e transformar-se-iam em senhores absolutos e imperativos. No entanto, o iluminismo não deu conta da tarefa que se propôs. Suas luzes não iluminaram tanto quanto se pretendia e a libertação do mito, do dogma e da magia medieval não teve o êxito afirmado por alguns autores. O iluminismo pretendeu retirar o mito e a fantasia de seu altar, mas colocou a razão e a técnica em seu lugar, logo, não derrubou o mito, apenas inverteu, dando à ciência e à técnica o brilho da “verdade”, gestando, assim, o mito moderno da racionalidade.<br />Para Nietzsche (1844 – 1900) o iluminismo não cumpriu o que se propôs a fazer. Não libertou os homens de seus prejuízos, os mitos não foram abandonados, mas substituídos por novos e mais elaborados heróis. O que pode ser tão escravizador quanto o dogma, isso porque a<br />técnica e o saber científico podem estar a serviço do capital. Além disso, este saber técnico pode coisificar o homem e neste sentido os mitos modernos apresentam-se camuflados. Por isso, a crença na razão de forma absoluta gera um mito, o que caracterizaria um retrocesso no<br />percurso do mito ao logos que, de certo modo, não era a intenção.</div><div class="spoiler" style="DISPLAY: none" align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"><span style="font-size:78%;">Professores Eloi Corrêa dos Santos (Colégio Estadual Sto. Antonio e Colégio Estadual Mário Evaldo Morski - Pinhão – PR), Osvaldo Cardoso (Colégio Estadual Ângelo Gusso - Curitiba – PR)</span><br /><br /></div>William Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/03890358267168025856noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-275133025665519658.post-71805513209979053872010-05-28T05:05:00.001-07:002010-06-02T09:49:35.776-07:00Mito e Lógos.<div align="justify">Como as pesquisas atuais entendem o mito? Conforme Vernant (2001) parece que os estudiosos do mito não conseguem definir seu objeto de estudo e o vêem desvanecer-se:<br />(...) o tempo de reflexão – esse olhar lançado para trás sobre o caminho percorrido – não marcaria, para o mitólogo, o momento em que, acreditando como Orfeu ter tirado sua Eurídice das trevas, impaciente de contemplá-la na claridade da luz, ele se volta para vê-la desvanecer e desaparecer para sempre a seus olhos? (VERNANT, 2001, p. 289)<div class="pre-spoiler"><br /><input id="xs" value="Leia Mais" style="margin-left: 50px; padding: 0px; width: 80px; " onclick="if (this.parentNode.parentNode.getElementsByTagName('div')[1].getElementsByTagName('div')[0].style.display != '') { this.parentNode.parentNode.getElementsByTagName('div')[1].getElementsByTagName('div')[0].style.display = '';this.innerText = ''; this.value = 'Ocultar'; } else { this.parentNode.parentNode.getElementsByTagName('div')[1].getElementsByTagName('div')[0].style.display = 'none'; this.value = 'Leia Mais';}" type="button"> </div><br /><div><br /><div class="spoiler" style="display: none;"><br />Os mitólogos questionam a própria existência dos mitos, percebendo que, no mundo grego, “(...) eles existiram não pelo que eram em si, e sim como relação àquilo que, por uma razão ou outra, os excluíam e os negavam (...)”. (VERNANT, 2001, p. 289) Em outras palavras, o mito existe do ponto de vista de uma razão que pretende separar-se da narrativa oral e da religião. À medida que a razão filosófica constitui-se como método lógico de argumentação e discurso verdadeiro sobre o real, rejeita “(...) o ilusório, o absurdo e o falacioso. Ele (o mito) é a sombra que toda forma de discurso verdadeiro projeta, por contraste, na hora em que a verdade não aparece mais como mensurável (...)” (VERNANT, 2001, p. 291) e perde-se nas brumas da narrativa. É, portanto, ao discurso metódico que o mito deve a sua existência.</div><br /></div></div>William Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/03890358267168025856noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-275133025665519658.post-87176113764339652892010-05-28T05:04:00.000-07:002010-06-02T09:53:20.441-07:00O Mito e a Origem de Todas as Coisas.<div align="justify">A multiplicidade de idéias e vertentes que formam o mito pode aparecer, muitas vezes, como desordem. A filosoia pode ser entendida como a tentativa de subordinar a multiplicidade de expressões à ordem racional, de enfrentar a dificuldade de entender os contrários misturados que povoam a vida. Entre mito e filosoia têm-se duas ordens ou duas concepções de mundo e a passagem da primeira à segunda expressa uma mudança estrutural da sociedade. Identificar ou pensar as várias ordens seria como identificar as constelações na imensidão do céu.<div class="pre-spoiler">
<br /><input id="xs" value="Leia Mais" style="margin-left: 50px; padding: 0px; width: 80px; " onclick="if (this.parentNode.parentNode.getElementsByTagName('div')[1].getElementsByTagName('div')[0].style.display != '') { this.parentNode.parentNode.getElementsByTagName('div')[1].getElementsByTagName('div')[0].style.display = '';this.innerText = ''; this.value = 'Ocultar'; } else { this.parentNode.parentNode.getElementsByTagName('div')[1].getElementsByTagName('div')[0].style.display = 'none'; this.value = 'Leia Mais';}" type="button"> </div>
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<br />As narrativas míticas tentavam responder as questões fundamentais, como: a origem de todas as coisas, a condição do homem e suas relações com a natureza, com o outro e com o mundo, enfim, a vida e a morte, questões que a filosofia desenvolveu no decorrer de sua história. Mas aqui podemos formular outra questão: a filosoia nasceu da superação dos mitos, mas foi uma superação gradual ou um rompimento súbito? Para tanto, temos que primeiramente identificar algumas diferenças básicas entre os mitos e a filosoia.
<br />O Mito (Mythos) é narrado pelo poeta-rapsodo, que escolhido pelos deuses transmitia o testemunho incontestável sobre a origem de todas as coisas, oriundas da relação sexual entre os deuses, gerando assim, tudo que existe e que existiu. Os mitos também narram o duelo entre as forças divinas que interferiam diretamente na vida dos homens, em suas guerras e no seu dia-a-dia, bem como explicava a origem dos castigos e dos males do mundo. Ou seja, a narrativa mítica é uma genealogia da origem das coisas a partir de lutas e alianças entre as forças que regem o universo.
<br />A filosoia, por outro lado, trata de problematizar o porquê das coisas de maneira universal, isto é, na sua totalidade. Buscando estruturar explicações para a origem de tudo nos elementos naturais e primordiais (água, fogo, terra e ar) por meio de combinações e movimentos.
<br />Enquanto o mito está no campo do fantástico e do maravilhoso, a filosofia não admite contradição, exige lógica e coerência racional e a autoridade destes conceitos não advém do narrador como no mito, mas da razão humana, natural em todos os homens. </div>
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<br />William Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/03890358267168025856noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-275133025665519658.post-17487214416974617992010-05-28T05:03:00.000-07:002010-06-02T10:36:34.054-07:00A Vida Cotidiana na Sociedade Grega.<div align="justify">Quando dizemos que a filosofia nasceu na Grécia, pontuamos que a Grécia do século V a.C. não possuía um Estado unificado, mas era formada por Cidades-Estados independentes, as chamadas pólis, que foram o berço da política, da democracia e das ciências no ocidente.<div class="pre-spoiler">
<br /><input id="xs" value="Leia Mais" style="margin-left: 50px; padding: 0px; width: 80px; " onclick="if (this.parentNode.parentNode.getElementsByTagName('div')[1].getElementsByTagName('div')[0].style.display != '') { this.parentNode.parentNode.getElementsByTagName('div')[1].getElementsByTagName('div')[0].style.display = '';this.innerText = ''; this.value = 'Ocultar'; } else { this.parentNode.parentNode.getElementsByTagName('div')[1].getElementsByTagName('div')[0].style.display = 'none'; this.value = 'Leia Mais';}" type="button"> </div>
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<br />Transformaram a matemática herdada dos orientais em aritmética, geometria, harmonia e lapidaram o conceito de razão como um pensar metódico, sistemático, regido por regras e leis universais.
<br />Os gregos eram um povo comerciante, propensos a navegação e o contato com outras civilizações. A filosofia nascera das adaptações que os pensadores gregos regimentaram aos conhecimentos adquiridos por meio dessas influências, e da superação do pensamento mitológico buscando racionalmente aliar essa nova ordem de pensamento propriamente grega, a vida na pólis. Mas afinal, o que é a pólis? Como se constituía?
<br /><em>“Uma certa extensão territorial, nunca muito grande, continha uma cidade, onde havia o lar com o fogo sagrado, os templos, as repartições dos magistrados principais, a Ágora, onde se efetuavam as transações; e, habitualmente, a cidadela na acrópole. A cidade vivia do seu território e a sua economia era essencialmente agrária. Competiam-lhe três espécies de atividade: legislativa, judiciária e administrativa. Não menores eram os deveres para com os deuses, pois a “pólis” assentava em bases religiosas e as cerimônias do culto eram ao mesmo tempo obrigações cívicas desempenhadas pelos magistrados. A sua constituição dependia da assembléia popular, do conselho, e dos tribunais formados pelos cidadãos.”</em> (PEREIRA, In: GOMES & FIGUEIREDO, 1983 p. 94 - 95)
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<br />William Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/03890358267168025856noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-275133025665519658.post-69663558962512406792010-05-28T05:02:00.000-07:002010-06-02T09:56:25.580-07:00O Nascimento da Filosofia<div align="justify">O nascimento da filosofia pode ser entendido como o surgimento de uma nova ordem do pensamento, complementar ao mito, que era a forma de pensar dos gregos. Uma visão de mundo que se formou de um conjunto de narrativas contadas de geração a geração por séculos e que transmitiam aos jovens a experiência dos anciãos. Como narrativas, os mitos falavam de deuses e heróis de outros tempos e, dessa forma, misturavam a sabedoria e os procedimentos práticos do trabalho e da vida com a religião e as crenças mais antigas.<div class="pre-spoiler"><br /><input id="xs" value="Leia Mais" style="margin-left: 50px; padding: 0px; width: 80px; " onclick="if (this.parentNode.parentNode.getElementsByTagName('div')[1].getElementsByTagName('div')[0].style.display != '') { this.parentNode.parentNode.getElementsByTagName('div')[1].getElementsByTagName('div')[0].style.display = '';this.innerText = ''; this.value = 'Ocultar'; } else { this.parentNode.parentNode.getElementsByTagName('div')[1].getElementsByTagName('div')[0].style.display = 'none'; this.value = 'Leia Mais';}" type="button"> </div><br /><div><br /><div class="spoiler" style="display: none;"><br /><br />Nesse contexto, os mitos eram um modo de pensamento essencial à vida da comunidade, ao universo pleno de riquezas e complexidades que constituía a sua experiência. Enquanto narrativa oral, o mito era um modo de entender o mundo que foi sendo construído a cada nova narração. As crenças que eles transmitiam ajudavam a comunidade a criar uma base de compreensão da realidade e um solo firme de certezas. Os mitos apresentavam uma religião politeísta, sem doutrina revelada, sem teoria escrita, isto é, um sistema religioso, sem corpo sacerdotal e sem livro sagrado, apenas concentrada na tradição oral, é isso que se entende por teogonia. Vale salientar que essas narrativas foram sistematizadas no século IX por Homero e por Hesíodo no século VII a.C.<br />Ao aliar crenças, religião, trabalho, poesia, os mitos traduziam o modo que o grego encontrava para expressar sua integração ao cosmos e à vida coletiva. Os gregos a partir do século V a.C. viveram uma experiência social que modificou a cotidianidade grega: a vivência do espaço público e da cidadania. A cidade constituía-se da união de seus membros para os quais tudo era comum. O sentimento que ligava os cidadãos entre si era a amizade, a filia, resultado de uma vida compartilhada. </div></div><br /></div>William Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/03890358267168025856noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-275133025665519658.post-47906073458762574182010-05-28T05:00:00.000-07:002010-06-02T09:57:30.875-07:00O Mito de ÉdipoOs mitos cumpriam uma função social moralizante de tal forma que essas narrativas ocupavam o imaginário dos cidadãos da pólis grega direcionando suas condutas. Na Atenas do século V a.C. existia também o espaço para as comédias que satirizavam os poderosos e personagens célebres, e as tragédias que narravam as aventuras e prodígios dos heróis, bem como suas desventuras e fracassos. Haviam festivais em que os poetas e escritores competiam elegendo as melhores peças e textos, estes festivais eram muito importantes na vida da “pólis” grega, era por meio destes eventos sociais que as narrativas míticas se difundiam. <div class="pre-spoiler"><br /><input id="xs" style="PADDING-RIGHT: 0px; PADDING-LEFT: 0px; PADDING-BOTTOM: 0px; MARGIN-LEFT: 50px; WIDTH: 80px; PADDING-TOP: 0px" onclick="if (this.parentNode.parentNode.getElementsByTagName('div')[1].getElementsByTagName('div')[0].style.display != '') { this.parentNode.parentNode.getElementsByTagName('div')[1].getElementsByTagName('div')[0].style.display = '';this.innerText = ''; this.value = 'Ocultar'; } else { this.parentNode.parentNode.getElementsByTagName('div')[1].getElementsByTagName('div')[0].style.display = 'none'; this.value = 'Leia Mais';}" type="button" value="Leia Mais"> </div><br /><div><br /><div class="spoiler" style="DISPLAY: none"><br /><br /><br /><em>O soberano consulta o Oráculo, o que era comum na cultura grega antiga. O Oráculo afirma que seu primogênito irá desposar a própria mãe e assassinar seu pai, o Rei Laio. Então, Laio manda que eliminem o menino, mas a pessoa encarregada não cumpre a ordem e envia o menino para um reino distante onde ele se torna um grande guerreiro e herói, numa de suas andanças ele encontra um homem arrogante e o mata; chegando ao Reino de Jocasta, Édipo se apaixona e a desposa. Anos mais tarde, Édipo descobre que ele próprio é o personagem da profecia, e num gesto de desespero, arranca os próprios olhos e sai a vagar pelo mundo a fora. A profecia se cumpriu, porque o rei se recusou a matar a criança.<br /></em><br />Esta narrativa possui um fundo moral, o alerta para os desígnios dos deuses, que não devem ser contrariados, e o percurso de Édipo, de toda sua saga, de ter vencido a Esfinge e decifrado seu enigma, seu destino não o poupou. Contudo, um novo pensamento se formava e a vida na pólis cada vez mais é direcionada pela política, e aos poucos a moral estabelecida pelas narrativas míticas foram sendo substituídas pela ética e pelos valores da cidadania grega. O cidadão grego cada vez mais participativo não considerava a idéia de não controlar a própria vida. Na vida da pólis, os homens livres manifestavam suas<br />posições escolhendo entre iguais o direcionamento das decisões e das ações da cidade-estado.</div></div>William Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/03890358267168025856noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-275133025665519658.post-76939208674330819872010-05-28T04:54:00.000-07:002010-06-02T09:59:31.521-07:00Mito e Filosofia - Ordem e Desordem<div align="justify"><span style="font-family:arial;">Ordem e desordem fazem parte da formação do senso comum e dos processos da razão e, a partir desses conceitos, tratemos de efetuar uma avaliação social e histórica. Vivemos inseridos em certas ordens ou organizações (sociais, políticas, religiosas, econômicas), as quais não dependem de nossa escolha. Pensemos, pode ser que não exista desordem, mas ordens diferentes daquela que costumamos pensar que seja a ordem verdadeira, uma razão imutável, que reina imperativa. Por exemplo: a civilização ocidental é diferente da civilização oriental, o sul da América e o norte da América possuem culturas diferenciadas, ou seja, o mundo é culturalmente diverso e isto enriquece os contatos e as relações, é preciso aprender a conviver com essas diferenças para evitar confrontos, conflitos, guerras e sofrimentos.<div class="pre-spoiler"><br /><input id="xs" value="Leia Mais" style="margin-left: 50px; padding: 0px; width: 80px; " onclick="if (this.parentNode.parentNode.getElementsByTagName('div')[1].getElementsByTagName('div')[0].style.display != '') { this.parentNode.parentNode.getElementsByTagName('div')[1].getElementsByTagName('div')[0].style.display = '';this.innerText = ''; this.value = 'Ocultar'; } else { this.parentNode.parentNode.getElementsByTagName('div')[1].getElementsByTagName('div')[0].style.display = 'none'; this.value = 'Leia Mais';}" type="button"> </div><br /><div><br /><div class="spoiler" style="display: none;"><br /><br />Assim também podemos pensar a origem do pensamento moderno ocidental: uma ordem social que se construiu com elementos das mais antigas civilizações ocidentais e orientais. Entre a herança que os antigos como Sófocles, Aristófanes, Hesíodo e Homero nos legaram estão os mitos, maravilhosas narrativas sobre a origem dos tempos, que encantam, principalmente, porque fogem aos parâmetros do modo de pensar racional que deu origem ao pensamento contemporâneo.<br />É certo que as tradições, os mitos, e a religiosidade respondiam a todos os questionamentos. Contudo, essas explicações não davam mais conta de problemas, como a permanência, a mudança, a continuidade dos seres entre outras questões. Suas respostas perderam convencimento e não respondiam aos interesses da aristocracia que se estabelecia na pólis.<br />Dessa forma, determinadas condições históricas, do século V e IV 457 a.C., como o estabelecimento da vida urbana na pólis grega, as expansões marítimas, a invenção da política e da moeda, do espaço público e da igualdade entre os cidadãos gestaram juntamente com alguma influência oriental uma nova modalidade de pensamento. Os gregos depuraram de tal forma o que apreenderam dos orientais, que até parece que criaram a própria cultura de forma original.<br />Podemos afirmar que a filosofia nasceu de um processo de superação do mito, numa busca por explicações racionais rigorosas e metódicas, condizentes com a vida política e social dos gregos antigos, bem como do melhoramento de alguns conhecimentos já existentes, adaptados e transformados em ciência </span></div><div align="justify"><span style="font-family:Arial;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:Arial;"></span></div><br /><br /><span style="font-size:78%;">Professores Eloi Corrêa dos Santos (Colégio Estadual Sto. Antonio e Colégio Estadual Mário Evaldo Morski - Pinhão – PR), Osvaldo Cardoso (Colégio Estadual Ângelo Gusso - Curitiba – PR)</span></div><br /></div>William Guimarãeshttp://www.blogger.com/profile/03890358267168025856noreply@blogger.com0